Às vésperas de completar dois anos da primeira pessoa infectada com a Covid-19, Londrina teve em fevereiro o mês com o maior número de casos confirmados de todo o período pandêmico. Em 28 dias a cidade contabilizou 17.616 contaminados. O número foi 35% superior a janeiro, quando os casos começaram a aumentar de forma vertiginosa, deixando as autoridades em saúde em alerta.

Imagem ilustrativa da imagem Londrina teve recorde de casos de Covid-19 em fevereiro
| Foto: Gustavo Carneiro - Arquivo FOLHA

De acordo com Felippe Machado, secretário municipal de Saúde, a vacinação impediu que tantos doentes ao mesmo tempo gerassem um caos nos hospitais. “Por conta da vacina, diferente de outras ondas que enfrentamos, esses casos não se mostraram tão graves, de modo que conseguimos resolver a maioria dentro do atendimento primário, nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) respiratórias ou na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do jardim Sabará”, avaliou.

O município também teve um crescimento considerável nos mortos pelo coronavírus. Perderam a vida 78 moradores. Em janeiro foram 30. Já em junho do ano passado, com a vacinação ainda na faixa dos 40 anos, foram 247 óbitos e 8.556 casos. “Se comparar ao número de casos confirmados podemos observar que a letalidade da doença foi menor do que nas ondas anteriores. Isso reforça a importância da vacinação como medida eficaz e segura para diminuir a circulação do vírus.”

MUDANÇA

Após vários dias de lotação nas unidades referência para Covid, a secretaria começou a promover nesta quarta-feira (2) uma nova atualização na rede que trata síndromes respiratórias. O PA (Pronto Atendimento) do jardim Leonor, na zona oeste, voltou aos atendimentos de rotina. Na próxima segunda-feira (7) será a vez dos postos da Vila Ricardo, zona leste, e Guanabara, região sul, retornarem as atividades normais.

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Seguirão como referência para casos suspeitos ou confirmados da doença, a partir da semana que vem, a UPA do Sabará, zona oeste, e as UBS da Vila Casoni, área central, e Chefe Newton, zona norte. A prefeitura justificou as alterações pela queda nos dados gerais relacionados à pandemia. Londrina tem 83% da população total com uma dose e dose única, 74% com segunda dose ou reforço da Jansen e 37% com a terceira dose.

MONITORAMENTO

Machado destacou que o processo da pandemia é dinâmico, ou seja, qualquer descuido pode mudar o curso do vírus. “Tivemos o feriado de Carnaval, em que pese a maioria da população continuou trabalhando, mas tivemos uma parcela que foi viajar e isso preocupa no retorno. Foi justamente pelos excessos que tivemos no final do ano que experimentamos o pior período da pandemia. Vamos monitorar de perto nos próximos dias o nosso cenário epidemiológico e se for necessária alguma alteração iremos fazer”, ponderou.

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