Londrina e cidades da região vão receber vacina contra a dengue

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (25) como vai funcionar a vacinação contra a dengue no País para crianças e adolescentes. Dos 5.565 municípios brasileiros, apenas 521 vão receber as doses. No Paraná serão 30 cidades, sendo apenas aquelas que estão localizadas na 17ª e na 9ª Regional de Saúde, que são a de Londrina e Foz do Iguaçu (Oeste), respectivamente.

Na regional de Londrina foram contempladas, além de Londrina, Alvorada do Sul, Assaí, Bela Vista do Paraíso, Cafeara, Cambé, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci, Ibiporã, Jaguapitã, Jataizinho, Lupionópolis, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu, Prado Ferreira, Primeiro de Maio, Rolândia, Sertanópolis e Tamarana.

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Já na região Oeste serão Foz do Iguaçu, Itaipulândia, Matelândia, Medianeira, Missal, Ramilândia, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu e Serranópolis do Iguaçu. Apucarana (Centro-Norte), que tem a situação mais preocupante no Estado quando o assunto é a dengue, com mil casos em uma semana e sete mortes em investigação, ficou de fora da lista do Governo Federal.

Segundo o Ministério da Saúde, as regiões de saúde selecionadas atendem a três critérios. “São formadas por municípios de grande porte, ou seja, mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão de dengue registrada em 2023 e 2024, e com maior predominância do sorotipo DENV-2”, justificou. Londrina enfrentou uma epidemia da doença no ano passado e corre o risco de ter mais uma em 2024.

HOSPITALIZAÇÃO

Vão ser vacinadas as crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. “É o segundo grupo com maior índice de hospitalização em relação à dengue. O primeiro grupo é formado pelos idosos, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda não liberou a utilização da vacina para eles”, explicou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.

Em Londrina, são cerca de 27 mil pessoas nesta faixa etária, a partir dos dados capitaneados no cadastramento da época da imunização da Covid-19. “É uma vacina em duas doses, com intervalo de três meses. Então, para este público-alvo seriam necessárias cerca de 55 mil doses de vacina para a cidade”, destacou.

REMESSAS

A primeira remessa do imunizante, com 757 mil doses, chegou no final de semana no Brasil. Outra remessa, com mais 568 mil doses, deverá ser entregue em fevereiro. Até o final do ano deverão totalizar 5,2 milhões de doses. O Brasil é o primeiro país no mundo a distribuir a vacina – fabricada pela farmacêutica Takeda – por meio de sistema universal, no caso, o SUS (Sistema Único de Saúde).

APLICAÇÃO EM FEVEREIRO

Ainda não há informações sobre a data e o quantitativo que será remetido para Londrina. Mas a expectativa é de que a campanha inicie em fevereiro. “Se o Ministério da Saúde mandar as 27 mil doses não será necessário agendamento e vamos abrir livre demanda. Se o envio for fracionado, vamos estudar como implementar, mas muito provavelmente será como fizemos na Covid-19, com agendamento e por faixa etária”, afirmou Machado.

Em entrevista à FOLHA nesta semana, o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, disse que a reivindicação da pasta junto ao Ministério da Saúde é para que a vacina seja ofertada em larga escala, para todas as pessoas. “Importante reforçar que o imunizante não invalida os cuidados e outras ações de enfrentamento, como a remoção dos criadouros do mosquito Aedes aegypti. Essa luta é de todos, precisamos manter os cuidados individuais para efetivamente combater a doença em todo nosso Estado”, ressaltou.

NA EUROPA

De acordo com o Governo Federal, a vacina Qdenga, como é chamada, “é aprovada para a prevenção da dengue em indivíduos na União Europeia/Espaço Econômico Europeu, incluindo todos os Estados-Membros e Irlanda do Norte, assim como países do EEA (Islândia, Liechtenstein, Noruega) e Grã-Bretanha.”