Atendendo a recomendação do Ministério da Saúde, a secretaria de Saúde de Londrina reduziu o prazo da dose de reforço contra a Covid-19 de cinco para quatro meses. Com o anúncio, feito nesta segunda-feira (20), mais de 16.500 pessoas com 18 anos ou mais já podem agendar a terceira dose no site da prefeitura (www.londrina.pr.gov.br/). A estimativa da pasta é de que até o final da primeira quinzena de janeiro cerca de 82 mil londrinenses estarão com o agendamento liberado. A exceção fica por conta de grávidas e puérperas.

Imagem ilustrativa da imagem Londrina antecipa para quatro meses aplicação da dose de reforço
| Foto: Arquivo Folha

O reforço será com a Pfizer, independentemente de qual fabricante foram as duas primeiras doses para completar o esquema vacinal. A exceção é da Janssen. Nesse caso, o imunizante utilizado deverá ser do mesmo fabricante. Segundo a orientação da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, formada pelo governo federal, a escolha pela Pfizer levou em conta o aumento da resposta imunológica. A mudança no intervalo também é vista como uma forma de frear o avanço de novas variantes, principalmente, a Ômicron.

“A dose de reforço tem a função de relembrar o sistema imunológico e fazer com que os níveis de anticorpos estejam sempre em padrões que possam evitar a infecção. Além disso, se em caso de infecção, evitar os casos graves. Tudo isso é baseado em estudos técnicos, científicos e epidemiológicos”, destacou Felippe Machado, secretário municipal de Saúde.

Até quinta-feira (23) estarão à disposição, somando todas as doses, cinco mil vagas para vacinação nos seis postos exclusivos (Centro de Imunização da Zona Norte e Unidades Básicas de Saúde do jardim do Sol, Ouro Branco, Alvorada, Eldorado e Casoni). A garantia é de que haverá doses suficientes para todos que agendarem. “É um prazo exíguo de utilização, até porque a adesão não está sendo, até o momento, da maneira que gostaríamos”, alertou.

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O secretário também comentou que não considera a procura aquém pela vacina uma resistência da população em relação ao imunizante, mas uma postura de momento. “Os números que observamos de redução (na procura) são de pessoas que não voltaram para tomar a segunda dose ou reforço. Teoricamente são pessoas que já estavam convencidas da importância da vacina. Entretanto, temos um cenário epidemiológico diferente do que tínhamos quando iniciamos a vacinação. Talvez a população esteja deixando a vacina para um momento em que tiver um tempo. Somos movidos pelo sendo de urgência”, avaliou Machado.

AVALIAÇÃO

Desde a semana passada a secretaria está colocando em prática algumas ações para incentivar a conclusão do esquema vacinal. Entre as medidas estão a procura ativa pelas redes sociais, agendamento no calçadão e shopping e vacinação volante às margens do lago Igapó dois. As atividades deverão ser avaliadas numa reunião prevista para quinta-feira (23), quando será feito um balanço e estudo da possibilidade de dar continuidade nas medidas.

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| Foto: Jeff Pachoud / AFP

UPA SABARÁ

Diante da queda dos números que envolvem a pandemia, a UBS do Maria Cecília, na zona norte da cidade, voltou ao atendimento normal nesta segunda-feira. A partir de agora, apenas a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do jardim Sabará, na zona oeste, está atendendo casos de síndromes respiratórias. Existe uma expectativa do poder público municipal, caso o panorama continue melhorando, de também voltar a UPA do Sabará para recepcionar pacientes com problemas de saúde em geral no início do ano que vem.

Atualmente, a taxa de positividade está em 1,5%, ou seja, de cada 100 testes de Covid realizados, menos de dois tem resultado positivo. No pior estágio da pandemia no município o percentual chegou a 45%. “Dentro de critérios técnicos e com segurança (veremos a possibilidade) de retornar com os atendimentos de urgência e emergência naquela unidade.”

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