Entre a última sexta-feira (17) e este domingo (19), a Secretaria Municipal de Saúde registrou 8.850 cadastramentos de crianças entre cinco e 11 anos de idade para vacinação contra a Covid-19. A secretaria não tem uma estimativa da população total do município nessa faixa etária, mas considerou o número “relevante”. “Não temos uma projeção de análise, mas é um número relevante e é importante que todos se cadastrem e busquem a vacina”, ressaltou o secretário Felippe Machado.

Na rede municipal de educação, há 30 mil alunos de cinco a 11 anos matriculados, mas há ainda os estudantes da rede privada e outras crianças que eventualmente estejam fora da escola.

A liberação do cadastro em Londrina aconteceu na manhã de sexta-feira, um dia depois de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar a vacinação de crianças com o imunizante da Pfizer, em uma dosagem ajustada para esta faixa etária. O início do agendamento, no entanto, ainda depende da compra e distribuição do imunizante pelo Ministério da Saúde.

No sábado (18), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que haverá uma audiência pública no dia 4 de janeiro que servirá de base para a decisão final da pasta sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19 e que irá divulgar uma posição final no dia 5 de janeiro. O ministro disse que a autorização da Anvisa não é suficiente para viabilizar a vacinação para esse grupo.

Com isso, Queiroga indica que não irá acatar a determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) que, na sexta-feira, deu um prazo de 48 horas para que o governo federal apresentasse a complementação do Plano Nacional de Vacinação, com as etapas a serem cumpridas para iniciar e concluir a imunização de crianças entre cinco e 11 anos. “Até o dia 5 de janeiro é um tempo absolutamente adequado para que as autoridades possam analisar a decisão da Anvisa em todas as suas nuances, inclusive em relação à aplicação dessas vacinas”, afirmou o ministro.

Apesar da demora do governo federal para decidir sobre a questão, Felippe Machado disse que ainda que a imunização seja iniciada em janeiro, será possível cumprir o planejamento de vacinar todas as crianças antes da volta às aulas. “Temos estrutura, organização, planejamento e uma equipe completamente dedicada. O que a gente precisa é da adesão dos pais e responsáveis”, disse o secretário municipal de Saúde que reforçou a segurança da vacina. “Foi aprovada, submetida a diversos testes e análises em vários países da Europa e dos Estados Unidos e a Anvisa chancelou. Os dados técnicos sustentam a avaliação da Anvisa. Não vejo argumentos técnicos e científicos para ir contra a Anvisa.”

ABORDAGENS

Secretaria Municipal de Saúde lançou a campanha VaciNatal para que parte da população com doses em atraso complete o esquema vacinal
Secretaria Municipal de Saúde lançou a campanha VaciNatal para que parte da população com doses em atraso complete o esquema vacinal | Foto: N.Com

Com mais de 30 mil londrinenses com a segunda dose em atraso ou que sequer tomaram a primeira dose, a Secretaria Municipal de Saúde programou ações na última sexta-feira e no sábado para incentivar a população a completar o esquema vacinal. A campanha VaciNatal foi realizada no calçadão e no Boulevard Londrina Shopping e, nos dois dias, somou 1.283 abordagens e 236 cadastros ou agendamentos. No Lago Igapó 2 aconteceu a imunização volante, na qual foram abordadas 232 pessoas, foram realizados 13 agendamentos e aplicadas 164 doses da vacina contra a Covid-19. “Não queremos deixar ninguém para trás. Para que a gente retorne ao normal, o poder público não vai medir esforços, mas nada vai superar a conscientização da população. O que nos fez chegar em dezembro em uma situação muito mais confortável, com número de óbitos altamente reduzido e circulação do vírus também baixa foi a vacina”, destacou Machado.(Com agências)