Infectologista do HU alerta que imunização só é garantida após segunda dose
Médica destaca importância de acelerar campanha de vacinação e que não é hora de relaxar com as medidas de segurança
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 17 de junho de 2021
Médica destaca importância de acelerar campanha de vacinação e que não é hora de relaxar com as medidas de segurança
Pedro Marconi - Grupo Folha
Infectologista e professora da UEL (Universidade Estadual de Londrina), Cláudia Carrilho alertou que mesmo que o calendário divulgado pelo Governo do Estado seja cumprido – com a população com mais de 18 anos sendo vacinada até o final de setembro com pelo menos uma dose -, o esquema vacinal ainda não estará completo. “Não significa a vacinação total. Por isso, teremos que manter as medidas sanitárias, como uso de máscara, higienização das mãos, distanciamento e não aglomeração. Não é hora de relaxar”, elencou.
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Com exceção da vacina da Jansen, que deverá chegar ao Brasil nesta semana, os demais imunizantes que integram o Plano Nacional de Imunização são de duas doses. “Só vamos conseguir voltar à vida próxima ao normal com um grande número da população completamente vacinada, o que a ciência aponta em torno de 75% da população. A imunidade é com duas doses e, no mínimo, 15 dias depois da aplicação da segunda dose”, detalhou.
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A especialista ainda salientou que é de extrema importância a aceleração da vacinação para frear a circulação do vírus. “Todos os esforços precisam ser para acelerar a vacinação e idealmente com duas doses. A estratégia de reduzir a circulação do vírus na comunidade significa menos pessoas infectadas, menos transmissão e menos internações”, pontuou.
Carrilho advertiu que a pandemia continua numa situação crítica. “Todos os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) estão ocupados, temos fila de pacientes para entrar na terapia intensiva e não temos sinal de calmaria à vista em Londrina. Vejo pelo HU (Hospital Universitário) a dificuldade de conseguir alguns sedativos e antibióticos. Não tivemos falta, mas fomos avisados sobre a possibilidade de acontecer, já que o consumo mundial aumentou demais. Os pacientes têm infecções secundárias por conta da intubação e internamento”, explicou a infectologista, que é coordenadora da CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) do HU.
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VACINA ANUAL
De acordo com a médica, ainda não é possível vislumbrar quando a situação voltará ao mínimo da normalidade do período pré-pandemia, mesmo com todos imunizados. “O que se tem discutido é a necessidade de, provavelmente, a vacinação ser anual, como é feito com a vacina da gripe. Fica difícil saber como vai ser a volta ao normal, se será normal ou quase normal. Os Estados Unidos, mesmo voltando as atividades, ainda estão tendo casos de internamento e mortes.”
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