Cursando o último semestre do curso de direito na UEL (Universidade Estadual de Londrina), Alecsandra Oliveira Santos teve a vida interrompida por complicações da Covid-19. A londrinense sonhava se tornar juíza e teve sua história e trajetória contadas em uma matéria da Folha de Londrina em 2014.

Imagem ilustrativa da imagem Filha de estudante da UEL que faleceu por Covid faz campanha online
| Foto: Arquivo familiar

Alecsandra Oliveira Santos era mãe solo e deixou de luto sua única filha, Sabrina Alecsandra, estudante de psicologia da UEL, e a madrinha de Sabrina, que também morava com ela, Silvia Maria Tavares da Silva. Além da dor da perda e angústia, Sabrina e a madrinha estão tendo que se preocupar com as dívidas financeiras. Alecsandra arcava com grande parte das despesas da casa, como o pagamento do aluguel.

A maneira que a família encontrou para solucionar as pendências financeiras que foram surgindo foi realizar uma campanha na internet. Qualquer valor pode ser doado. “Conforme as doações estão entrando, estamos pagando as dívidas e as contas avulsas que ela tinha. Não queremos deixar nada para trás, por isso qualquer doação é bem-vinda,” explica a filha. Para contribuir basta enviar um pix de qualquer valor para o número 63429543991, em nome de Silvia Maria Tavares da Silva.

EXEMPLO DE SUPERAÇÃO

Com a separação dos pais em sua adolescência, Alecsandra passou por uma série de situações difíceis que a levaram a abandonar os estudos ainda muito jovem. Mas o sonho de estudar direito e se tornar juíza nunca a abandonou, por isso, aos 36 anos, voltou a estudar por meio da EJA (Educação de Jovens e Adultos). Alguns anos depois ingressou no curso de direito da UEL.

A graduanda também foi babá e empregada doméstica até completar 14 anos, idade mínima para entrar no mercado de trabalho formal, quando foi admitida como fiandeira em uma empresa de fiação de seda, chegando a ser chefe de seção.

Criou a filha com muita garra, já que o pai da criança morreu em um acidente de moto antes mesmo do bebê nascer. A profissão de cabeleireira surgiu junto com a necessidade de criar Sabrina, momento em que Alecsandra fez cursos na área de estética e iniciou na profissão que exerceu durante anos. Nos últimos tempos ela trabalhava como motorista de aplicativo.

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1