Quem trabalha na área da saúde e da ciência é praticamente unânime em ressaltar a necessidade da consciência coletiva para evitar a regressão geral na situação da pandemia em Londrina, assim como em outras localidades. Isto inclui as medidas preventivas. “A conscientização depende da população, que precisa usar todas as ‘armas’ possíveis. Se não partir de nós enfraquecermos o vírus, dificilmente sairemos desse momento pandêmico. Quanto mais vírus em circulação, mais mutações. É natural do vírus”, sinalizou Aline Stipp, mestre em microbiologia e docente da PUC (Pontíficia Universidade Católica) no campus Londrina.

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Entre as “armas” citada está a dose de reforço, que lembra o sistema imunológico sobre a defesa da Covid, em especial contra a variante ômicron. “Se o percentual de uma certa vacina, por exemplo, é de 75%, tomando o reforço pode chegar a 90%, 95% fazendo com que o agravamento fique menor ainda”, apontou Stipp. “Têm estudos que mostram que as duas doses, com o passar dos meses, caem os anticorpos neutralizantes. Quando toma a terceira dose consegue recuperar. É essencial a terceira dose para combater a nova variante”, acrescentou o infectologista Walton Tedesco.

VACINAÇÃO DAS CRIANÇAS

Além disso, a vacinação das crianças também é tratada como fundamental. “A vacina é segura e pode ter efeitos colaterais igual todas as vacinas. No entanto, a chance de complicação da doença é infinitamente menor com as doses, inclusive, em crianças. A possibilidade de reação grave é maior pela doença do que pela vacina. Os pais precisam ouvir as pessoas com capacidade técnica e devem procurar o médico se tiverem dúvidas. Devemos sempre incentivar a vacinação, seja de adultos, idosos, crianças ou pessoas com comorbidades”, defendeu Tedesco.

Para os especialistas o momento é de frear a circulação viral para, enfim, ver o fim da pandemia. “Os modos que fazem com que diminua a circulação são as medidas preventivas: máscara, evitar aglomeração. Estamos numa fase sazonal com outros vírus respiratórios junto: H1N1, H3N2. Com as medidas preventivas restringimos a circulação do vírus, fazendo com que não se multiplique. Cada um precisa fazer sua parte para não voltar ao cenário do início de 2020”, pontuou a mestre em microbiologia.

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