Prevista para janeiro de 2023, a entrega da trincheira no cruzamento da avenida Leste-Oeste com a Rio Branco deverá demorar, pelo menos, mais seis meses. A empresa responsável pela obra pediu mais 180 dias de prazo, o que foi aceito no início deste mês pela secretaria municipal de Obras e Pavimentação. A solicitação agora está sob análise da Gestão Pública para ser assinada pelo titular da pasta e na sequência formalizada.

A empreiteira, que tem sede em Curitiba, apresentou seis justificativas para sustentar o aditivo de prazo. Entre os argumentos, a dificuldade pra aquisição de materiais e atraso na entrega em razão da Covid-19, as chuvas, o aumento nos preços de insumos, a demora de pagamento pela prefeitura e imprevistos, como solo com mais resistência para fundações do que o previsto.

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Segundo o secretário municipal de Obras e Pavimentação, os argumentos foram factíveis. “Foram justificativas a contento e dentro do que a legislação prevê. Por isso fizemos a autorização”, defendeu João Verçosa. Representantes do município deverão se reunir nesta semana com a construtora para ouvir mais algumas reivindicações da terceirizada.

Medição de outubro de servidores da prefeitura apontou 36,20% de serviços executados. “A empresa está dinamizada em relação ao ritmo da obra. Está com muitas frentes. Atualmente está sendo executado o remanejamento da rede da Copel, que é feito pela companhia. Existe uma dificuldade, porque a tubulação está enterrada. Este trabalho tem valor de medição alto e uma vez concluído vai agregar no percentual da obra”, garantiu. Só o remanejamento custa cerca de R$ 1,3 milhão.

OBRA MILIONÁRIA

A obra da trincheira tem investimento total de R$ 32 milhões, sendo o maior montante proveniente de financiamento junto ao programa Pró-Transporte, do Governo Federal. Até o mês passado a empreiteira já havia recebido R$ 9,2 milhões. As intervenções no cruzamento – que nos horários de pico chega a ter movimento de aproximadamente 20 mil veículos - tiveram início em janeiro de 2021, com previsão de término em dois anos.

TRANSTORNOS

Para quem passa pelo lugar ou vive próximo, a extensão do tempo de trabalho em seis meses significa mais dor de cabeça. Os sogros do empresário Wagner Araújo, por exemplo, moram no cruzamento da Leste-Oeste com a Rio Banco e têm enfrentado transtornos. “Temos observado que o serviço é muito devagar. Não trabalham constantemente. Tem causado grandes prejuízos para nós, ainda mais pelos meus sogros dependerem de mim e da minha esposa”, comentou.

O sogro de Araújo ainda foi surpreendido neste ano quando retiraram o asfalto da avenida Rio Branco para a continuidade da obra, serviço que ainda não foi finalizado. “Meu sogro tem uma caminhonete, retiraram o asfalto e não tinha como guardar na garagem. Por mais de cinco meses ele teve que deixar o carro num vizinho, porque não havia acesso”, reclamou. “O caminhão da construtora também bateu na caminhonete dele e empresa ainda não reembolsou o conserto.”

Verçosa disse que a instalação da rede de galeria pluvial na Rio Branco, perto da Leste-Oeste, está sendo concluída para que o recape seja feito no sentido norte-centro.

JAMIL SCAFF

Na zona leste de Londrina, a secretaria de Obras espera começar nas próximas semanas a reconstrução da avenida Jamil Scaff. O poder público aguarda a liberação de licença ambiental pelo IAT (Instituto Água e Terra). “Toda a vez que uma obra envolve recape, transporte de rejeito, material que vai ser descartado, precisamos de autorização para fazer o transporte do resíduo”, explicou o secretário.

A revitalização da via, entre a avenida dos Pioneiros e rua Leontina da Conceição Gaion, tem orçamento de R$ 3,2 milhões e será executada por uma empresa de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina), que venceu a licitação.

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