Prevista inicialmente para janeiro deste ano e prorrogada para julho após um aditivo de prazo, a entrega da obra da trincheira no cruzamento da avenida Leste-Oeste com a Rio Branco, na área central de Londrina, deve ficar para o final de outubro. A promessa foi feita por um dos donos da TCE Engenharia e representantes da empresa durante uma reunião de cobrança nesta semana com secretários municipais e o prefeito Marcelo Belinati. O novo pedido de tempo ainda não foi oficializado.

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Segundo João Verçosa, secretário municipal de Obras e Pavimentação, a empreiteira – que tem sede em Curitiba – se comprometeu em aumentar o contingente de operários e acelerar o cronograma, que está atrasado. “É uma empresa grande, com obras no Brasil inteiro. Sensibilizamos um dos proprietários sobre a necessidade de terminar a obra neste ano. Cobramos a empresa para que tome todas as medidas necessárias para recuperar o cronograma. Esse ano a obra vai ser concluída. É um objetivo nosso e compromisso da empresa”, afirmou.

Durante o encontro, foram acertadas algumas medidas imediatas para otimizar os serviços e mitigar os impactos na vida de motoristas, moradores e comerciantes, que estão insatisfeitos com o andamento das intervenções. “Pedimos para adiantarem a execução da new jersey (barreira de concreto) nas alças de acesso, a partir da Rio Branco, no sentido centro, para na sequência ser feita a pavimentação. Com isso é possível liberar o trânsito para quem desce a avenida e entra na Leste-Oeste. Também irão concluir as obras de galerias e relocação da rede elétrica”, detalhou.

Outro acordo envolve a conclusão em curto e médio prazo de parte do viaduto, que terá uma rotatória em cima. “Queremos liberar a subida da Rio Branco, passando por cima da Leste-Oeste, para chegar na avenida Tiradentes. Paralelamente irão fazer a estrutura de concreto das longarinas (vigas de grande porte) que vão dar o suporte à pista da Rio Branco”, informou Verçosa, que comentou que entre as alegações da empresa para a morosidade da obra estiveram a chuva e a dificuldade para comprar insumos em meio à pandemia.

DIREITOS TRABALHISTAS

A empreiteira também foi questionada sobre a reclamação dos empregados, que na semana passada cruzaram os braços cobrando o pagamento do vale-alimentação edepósitos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). “Garantiram que isso não irá acontecer mais”, destacou. “Nossa fiscalização conversa diretamente com o engenheiro responsável. Eu, como secretário, falo com o engenheiro e o diretor regional, mas sentimentos que deveria ter uma cobrança acima, para ter segurança que a obra será finalizada”, acrescentou.

ROMPIMENTO DE CONTRATO

O secretário frisou que não está nos planos do município romper o contrato e fazer uma nova licitação para que outra construtora assuma os trabalhos. “A rescisão é prejuízo para a cidade. A contratação de outra empresa demoraria de seis a oito meses ou até mais, isso se a questão não for judicializada. Está totalmente fora do nosso interesse ir para esse caminho”, ressaltou. A obra tem custo de R$ 34,2 milhões e começou em janeiro de 2021.

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