Atualmente, crianças estão sendo atendidas em grupos de até seis alunos nas escolas
Atualmente, crianças estão sendo atendidas em grupos de até seis alunos nas escolas | Foto: Vivian Honorato/N.com

A secretaria municipal de Educação está se preparando para a possibilidade de retorno das aulas presenciais em Londrina após um ano e quatro meses. A expectativa, de acordo com a responsável pela pasta, é de que isso aconteça em agosto, se até lá tudo sair como planejado. “Temos um cenário diferente de fevereiro, quando tinha expectativa (de retornar), mas não tinha vacina (contra Covid) para todos”, destacou Maria Tereza Paschoal de Moraes.

A rede de ensino do município, somando as instituições filantrópicas conveniadas, conta com cerca de 5.600 trabalhadores. A secretaria informou que quase a totalidade deste número já recebeu uma dose da vacina contra a Covid-19. Diante do surgimento do primeiro caso confirmado de coronavírus em Londrina, a prefeitura suspendeu as aulas presenciais em março do ano passado. Desde então, o poder público tem renovado a medida mensalmente ou quinzenalmente mês a mês. O último ato executivo, de junho, vale até 30 de julho.

Londrina tem mais de 45 mil crianças matriculadas nas instituições municipais. A proposta é para que a retomada seja no modelo híbrido, ou seja, grupos de alunos vão se revezando na frequência na sala de aula. “Havendo a redução nos números da pandemia poderemos voltar até 50% dos alunos em revezamento semanal. Nosso planejamento é iniciar com os mais ‘velhos’, do 4º e 5º ano, e assim sucessivamente”, explicou.

Dependendo da situação da pandemia e da sinalização da secretaria municipal de Saúde, o regresso dos meninos e meninas para as escolas pode chegar até as turmas do berçário. A organização é para que as salas recebam até metade da turma. “Nossas salas têm um padrão, com 49 metros quadrados. Comporta até 15 crianças, em média. Temos perto de duas mil turmas.”

FORMATO

Atualmente, as unidades tem atendido de maneira especial grupos de até seis estudantes, pelo menos uma vez por semana, para apresentarem as atividades e sanar as principais dúvidas junto dos professores. Na aula presencial pelo novo formato proposto, quem estudar remotamente não vai acompanhar simultaneamente, mas receberá as atividades para fazer em casa, como já vem ocorrendo desde o ano passado.

“A ideia é que seja enviada diariamente atividades. O conteúdo previsto para o período presencial e remoto é diferente. Algumas experiências devem acontecer simultaneamente, porém, em algumas escolas. A ida à escola será opcional para as famílias. Até agora, no atendimento que estamos fazendo, poucas famílias não mandam”, pontuou a secretária.

LIMINAR

Em maio, a Justiça determinou a volta das aulas presenciais na cidade, atendendo pedido do MP-PR (Ministério Público do Paraná). Na ação, o Ministério Público sustentou que era preciso garantir aos alunos da rede municipal o mesmo que os estudantes da rede privada, que desde março podem ir para as escolas. Durante reunião no mês passado representantes da prefeitura e promotoria selaram um acordo e a liminar foi cancelada.

DESAFIO

Para Maria Tereza Paschoal de Moraes, um dos desafios no retorno será recuperar o tempo em que as crianças tiveram que estudar em casa. “Teremos que fazer um grande esforço para superar este período. Se aprende muito mais com professor, pessoalmente. Temos algumas políticas de reforço escolar e vamos continuar contando com a ajuda da família”, avaliou.

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