Nesta quarta-feira (3), às 18h30, a Secretaria Municipal de Educação de Londrina vai promover uma live com o tema “TDAH na Escola”, com a secretária da pasta, Maria Tereza Paschoal de Moraes, e o neurologista infantil Clay Brites. A transmissão será via YouTube .

A iniciativa faz parte das ações da 7ª Semana Municipal de Informação e Conscientização sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e outros transtornos neuropsiquiátricos.

Qualquer pessoa que tenha interesse no tema pode assistir a transmissão ao vivo, que terá tradução em libras. Na ocasião, serão discutidas as dificuldades e habilidades que os alunos que com TDAH apresentam em seu processo de escolarização e o que as escolas e professores podem fazer para auxiliar o aluno e colaborar com o processo de inclusão de todos os estudantes.

PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Segundo uma das coordenadoras da Semana e gerente da Educação Especial da secretaria, Cristiane Sola, o objetivo da Semana é disseminar conhecimentos sobre o TDAH, porque o transtorno pode acarretar muitos prejuízos, principalmente nos processos de aprendizagem.

“Por isso, é muito importante que as redes e sistemas de ensino se organizem para oferecer recursos que auxiliem os alunos em seu processo de escolarização e também informem a comunidade escolar sobre o transtorno, para promover uma convivência saudável entre todas as pessoas”, afirmou Sola.

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SALAS MULTIFUNCIONAIS

A Rede municipal de Educação de Londrina trabalha o TDAH e outros transtornos neuropsiquiátricos com as crianças por meio de uma linguagem fácil e acessível para o entendimento delas e com informativos para os pais e responsáveis. As crianças identificadas com algum desses transtornos frequentam as aulas com os demais alunos e, de uma a duas vezes na semana, recebem atendimento em salas multifuncionais no contraturno escolar.

Atualmente, há 59 salas especiais para este atendimento especializado com psicopedagogas na rede municipal. Ao todo, 1.162 alunos são atendidos por esse serviço. Destes, 563 têm TDAH, outros 665 têm TEA (Transtorno do Espectro Autista) e 70 sofrem com transtornos de comportamento.

FLUXO DE ATENDIMENTO

A criança passa por um fluxo de atendimento que já começa na sala de aula, com a observação atenta do professor - que passa por um curso concedido pela Secretaria de Educação. Caso os docentes suspeitem que o aluno tem algum transtorno neuropsiquiátrico, fazem o encaminhamento para o psicopedagogo responsável. que realiza uma avaliação por três meses.

Confirmada a suspeita, o estudante é direcionado para uma Unidade Básica de Saúde para ser atendido por profissionais do Nasf (Núcleo de Apoio a Saúde da Família).

Se esta equipe também identificar algum transtorno neuropsiquiátrico, o diagnóstico e o tratamento é direcionado ao Caps Infantil, que conta com psicólogos, psiquiatras e educadores sociais para ajudar a criança. Quando necessária a prescrição de medicamentos, os pacientes são direcionados para a Policlínica Municipal de Londrina.

TRANSTORNO NEUROBIOLÓGICO

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o TDAH é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.

Ainda de acordo com a entidade, o transtorno é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde e ele ocorre em 3% a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos. (Com informações do N.Com)

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