O vigilante aposentado Joaquim Antônio Braz vive há 55 anos na Vila Fraternidade, zona leste de Londrina. Nos últimos dez anos aguardava a reconstrução da UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro. “Fazia muita falta ter o posto de saúde perto de casa. Era uma unidade importante para a população que mora aqui, são muitos idosos. Vai ser bom ter de volta”, destacou o morador, que nesta terça-feira (30) viu a espera chegar ao final.

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Após mais de três anos de obras, entre idas e vindas, a unidade de saúde da Fraternidade foi reinaugurada durante cerimônia que reuniu representantes da prefeitura, vereadores e lideranças locais. O novo prédio, que foi denominado Arnaldo Agenor Bertone, tem 311 metros quadrados de área construída e custou cerca de R$ 1,9 milhão, dinheiro do município.

A estrutura tem sala multiprofissional, consultório odontológico, sala de curativos, vacina, quadra, fraldário, farmácia e estacionamento para os servidores, entre outros espaços. “É uma unidade climatizada, com 16 aparelhos, com acessibilidade, porte que contempla atendimento para até cinco mil pessoas, que é a área de abrangência. É um posto com dentista, profissionais de enfermagem, fisioterapeuta, saúde da família”, elencou Felippe Machado, secretário municipal de Saúde.

No prédio tem 311 metros quadrados de área construída e custou cerca de R$ 1,9 milhão
No prédio tem 311 metros quadrados de área construída e custou cerca de R$ 1,9 milhão | Foto: Pedro Marconi

Na última década os pacientes estavam sendo atendidos na UBS da Vila Ricardo, que fica aproximadamente um quilômetro de distância. “É uma unidade com todos os equipamentos novos e os moradores careciam deste prédio, já que tinham que ir até outro bairro, o que acabava gerando um transtorno. Além disso, revitalizou uma área que estava abandonada”, comentou o prefeito Marcelo Belinati. A UBS Fraternidade terá expediente de segunda a sexta, das 7h às 19h.

ROMPIMENTO E PARALISAÇÃO

O posto da Fraternidade foi o primeiro da cidade e foi inaugurado na década de 1970. Foi desativado em 2013 por conta das péssimas condições e demolido no ano seguinte, com a promessa de ser reedificado. No entanto, foram seis anos até a obra sair do papel, com várias intercorrências. A primeira empresa que venceu a licitação teve o vínculo rompido pelo poder público londrinense por não cumprir o que estava em contrato, deixando 44% do projeto executado.

Foram dois anos de paralisação até a obra ser retomada, em agosto do ano passado. “(Depois do rompimento do contrato) tivemos que licitar quatro vezes, todas dando deserto, ou seja, não apareceram empresas interessadas. Isso acabou fugindo do prazo que esperávamos e fizemos dispensa de licitação e uma empresa da cidade ganhou”, justificou Machado.

Um novo carro também foi entregue nesta terça e será utilizado pela equipe da saúde da família, que vai até as casas. “Esperamos agora que a comunidade retribua esta UBS cuidando deste espaço”, destacou Marlene de Oliveira, líder comunitária e uma das vozes que mais cobrou a reconstrução da unidade.

Imagem ilustrativa da imagem Dez anos depois de desativação, UBS Fraternidade é reinaugurada
| Foto: Pedro Marconi

UBS DO JARDIM TÓKIO

Segundo o secretário municipal de Saúde, em junho deverá ser finalizada a revitalização da UBS do jardim Tókio, na zona oeste, que teve início em fevereiro. “Temos 16 unidades para iniciar reforma ou finalizar até o ano que vem. Estamos definindo administrativamente qual a melhor alternativa. A estratégia é fazer a licitação dessas unidades, começando no segundo semestre”, projetou.

PRONTOS ATENDIMENTOS

Para o segundo semestre também estão previstos os editais para construir os PAM(Prontos Atendimentos Municipal) das regiões leste, norte e sul. “Os engenheiros da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) concluíram a análise técnica e enviaram para a Procuradoria do Estado aprovar o projeto final, o que deve ser rápido. Acredito que em junho vão nos enviar para iniciarmos o processo de licitação dos prontos atendimentos, que serão construídos de forma concomitante”, explicou Belinati.

Os prédios ficarão na rua João Stringheta, no jardim São Pedro (leste); na avenida Guilherme de Almeida, 2.260, no parque Ouro Branco (sul); e no final da avenida Saul Elkind, na altura do jardim Padovani (norte).

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