Os mutirões para vacinação de crianças que vivem nos distritos de Londrina começaram na manhã deste sábado (5). As equipes de saúde estão aplicando a primeira dose do imunizante contra a Covid em crianças com 5 anos, que possuem comorbidades e/ou deficiência permanente, e a partir dos sete anos no público geral.

Imagem ilustrativa da imagem Começam os mutirões de vacinação infantil nos distritos de Londrina
| Foto: Micaela Orikasa - Grupo Folha

O mutirão começou por Lerroville, pelo grande volume de crianças cadastradas, e seguiu para as UBSs dos distritos de Paiquerê, Irerê e Guaravera. Na semana que vem, o cronograma atenderá os distritos de Maravilha, Warta, São Luiz e Patrimônio Regina. Ao todo, a secretaria municipal de Saúde estima que aproximadamente 900 crianças vivem nos distritos e têm entre 5 a 11 anos.

Somente neste sábado, a ideia é vacinar 328 crianças, sendo 120 em Lerroville, 102 em Paiquerê e outras 106 em Guaravera e Irerê. De acordo com a equipe de saúde, apenas dois agendamentos para crianças do grupo de risco foram feitos em Lerroville, mas tiveram que ser cancelados pelo estado de saúde das famílias no momento.

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Desde o início da manhã, a movimentação foi grande na Escola Municipal Bento Munhoz da Rocha Neto, onde foi realizado o primeiro mutirão. As gêmeas Larissa e Raissa Zampieron, 9, seguraram firme nas mãos do personagem Zé Gotinha, para tomar a vacina. A família mora no assentamento Eli Vive e percorreu cerca de 11 quilômetros de trator para garantir a dose das meninas. “Eu procurei o posto assim que foi liberado porque é um bem para elas e assim, a gente garante que todos em casa estarão mais protegidos contra essa doença”, disse a mãe Nadia Portelles.

O pequeno Eydhan Filipe Britez dos Santos, 7, foi com a camiseta do super-herói Homem Aranha e agarrou com força no pai Makson Britez na hora da aplicação. “A agulha era bem fininha e foi rápido. Meu braço nem está doendo”, comentou. Quem também caprichou no visual para tomar vacina, com roupas de caubói, foi Lucas Mateus Maciel Filho, 9. Ele, que estuda na mesma escola, disse estar com saudades de voltar para a sala de aula. “Hoje é um dia especial porque eu tomei vacina para não pegar a Covid, que é uma doença muito ruim. Não vejo a hora de voltar a estudar”, comentou.

Eydhan Filipe Britez dos Santos: “A agulha era bem fininha e foi rápido. Meu braço nem está doendo”,
Eydhan Filipe Britez dos Santos: “A agulha era bem fininha e foi rápido. Meu braço nem está doendo”, | Foto: Micaela Orikasa - Grupo Folha

Leia mais: Londrina deve liberar mais faixas etárias para vacinação

Na família Ferreira da Silva, o dia de vacinar os filhos também foi muito aguardado. Mãe e pai acompanharam Miguel, 11, e Maisa, 8. “Nunca houve dúvida a respeito da vacinação deles. O nosso medo era de não ter vacina para as crianças, isso sim. Agora, eles voltam para a escola com mais segurança e a gente também, enquanto pais, ficamos mais tranquilos”, afirmou o pai.

Além do Zé Gotinha, personagens infantis ajudaram a animar e descontrair as crianças durante a vacinação. Kamilly Eduarda Ferrer Ferraz, 8, fez questão de registrar o momento. "Estava muito ansiosa por hoje. É melhor levar uma picada de agulha do que pegar Covid. é um vírus que entra no nosso corpo pela boca e nariz e se a gente pegar, pode ser muito grave", disse, na companhia da mãe Jaqueline Ferrer. A família mora no assentamento Eli Vive. "É nosso dever, na verdade. As aulas estão voltando e a circulação do vírus está no auge novamente".

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| Foto: Micaela Orikasa - Grupo Folha

O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, comentou que outras 120 crianças que moram em Lerroville, já haviam se vacinado no CCI da Zona Norte, e que o mutirão foi planejado para atender as famílias que moram em áreas mais distantes. “A zona rural de Londrina é muito extensa. Em Lerroville, por exemplo, há residências em sítios que ficam a mais de 20 quilômetros do distrito. Pensando nisso, estamos descentralizando essa ação de vacinação com o objetivo de atender todas as crianças na faixa etária a partir de 7 anos, para trazer mais proteção”, destacou.

Para nenhuma criança ficar de fora do mutirão, as equipes de saúde fizeram uma busca ativa durante a semana, conversando com as famílias. Os atendimentos foram agendados previamente pelos agentes comunitários de Saúde e além disso, os pais e responsáveis também procuraram as unidades para fazer o agendamento. “Nossa expectativa é de cobertura vacinal em 100% nesta ação e o objetivo é que em poucos dias, de acordo com o avanço também para outras faixas etárias, a gente consiga vacinar toda a população”, afirmou.

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