A empresa responsável pela revitalização do aterro do lago Igapó, na zona sul de Londrina, enviou um ofício à Prefeitura de Londrina, em que pede mais R$ 438 mil para continuar os serviços, que começaram há cinco meses e só têm 33% de execução, segundo a última fiscalização realizada pela prefeitura, em dezembro. O montante representa 35% do valor total do contrato.

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A terceirizada, que tem sede na cidade, alegou no documento que o edital de concorrência foi realizado em abril, o contrato administrativo foi firmado em junho e a ordem de serviço só foi emitida em oito de agosto. A empreiteira ainda justificou na solicitação do reequilíbrio econômico-financeiro a pandemia da Covid-19 e que foi levado em conta para a planilha elaborada pelo poder público.

“O objeto do contrato sofreu variações no valor de diversos itens, de tal modo que o preço orçado não mais se compactua com o valor de mercado, uma vez que conforme se comprovará na sequência, o valor cotado à época da licitação não supre mais os custos e insumos do contrato”, elencou.

O secretário municipal de Obras e Pavimentação, João Verçosa, informou que o requerimento ainda não chegou oficialmente ao conhecimento da pasta. “Se fizeram algum pedido, irá passar por análise da fiscalização e, se tiver cabimento, se for viável e dentro do que a legislação permite será concedido. Ao contrário, não”, destacou. A reportagem teve acesso ao pedido.

NOVA DATA

Se o aditivo de valor ainda não tem um desfecho, o de prazo – dois meses - foi liberado pela Obras e aguarda apenas a formalização da secretaria municipal de Gestão Pública. Os trabalhos deveriam ser finalizados em fevereiro. A nova data agora é abril. “A principal justificativa foi a chuva, que inundou a rua Joaquim de Matos e serviço foi perdido”, ponderou.

O investimento é de R$ 1,2 milhão, em recursos próprios do município. Entre as intervenções estão a construção de calçadas com acessibilidade e passarelas, instalação de mobiliário urbano, com concreto armado e pintado, sinalização de ciclovia e troca de tachões por floreiras, assim como foi feito no lago Igapó dois. Além disso, as pontes de madeira serão substituídas por alvenaria.

“Ainda tem calçada para executar, instalação de bancos, ciclovias, jardineiras em torno de toda a Joaquim de Matos Barreto. A obra está indo relativamente bem”, avaliou o secretário de Obras.

Quem frequenta o aterro não vê a hora de todas as melhorias finalizadas. “Caminho aqui toda a semana e o que dá para perceber é que a obra está avançando muito pouco. Ainda têm muitos trabalhos para fazer e acredito que vai mais de dois meses. Espero que terminem logo para podermos aproveitar este espaço por completo”, avaliou a secretária executiva Denise Leal.

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