Um grupo de aproximadamente 50 trabalhadores da coleta de lixo em Londrina fizeram uma paralisação – e não saíram às ruas - por cerca de duas horas na manhã desta terça-feira (19), em frente à sede da empresa na cidade, no Parque Waldemar Hauer, na região leste. Os coletores reivindicaram o pagamento do vale-alimentação, de R$ 1.038, que acabou sendo quitado durante a realização do ato.

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Segundo o sindicato que representa a categoria, e empresa anterior fazia o repasse do valor na conta dos funcionários entre o primeiro e o quinto dia útil, mas houve mudanças durante a troca. “Quando a atual empresa assumiu, conversaram se era possível fazer o pagamento no dia 12 de cada mês, por conta da logística deles. Os empregados entenderam, apesar de algumas reclamações”, relatou a presidente do Siemaco (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Londrina e Região), Izabel Aparecida de Oliveira.

No entanto, em setembro a Sistemma Assessoria e Construções Ltda, de Anápolis (GO), avisou que o vale seria pago no dia 15, sexta-feira da semana passada, o que não aconteceu. “Foi mandado um comunicado para a empresa, dando um prazo de 72 horas para pagamento, que venceu no final da noite de segunda-feira (18), porém, não foi feito neste prazo”, destacou.

A proposta indicada no ofício alertava sobre a paralisação, em forma de protesto, e trazia como condição para a finalização o repasse do vale-alimentação. “A empresa disse que fizeram o pagamento para a operadora (banco), mas não tinha caído na conta dos trabalhadores. Assim que o dinheiro caiu, já saíram para a rua”, frisou. A empresa tem cerca de 180 funcionários, entre coletores, mecânicos, motoristas e setor administrativo.

DOCUMENTAÇÃO

Izabel Oliveira também comentou que a terceirizada alegou problemas para receber repasse da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização). “Estaria faltando um documento que tinham que apresentar à CMTU e não conseguiram em tempo hábil”, afirmou. “Foi uma situação específica. Não tínhamos tido problemas antes com a empresa”, ponderou.

CONTRATO

A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização informou, por meio da assessoria de comunicação, que “acompanhou a paralisação e o serviço não foi prejudicado”. A reportagem procurou a Sistemma, que apenas confirmou que o vale-alimentação foi pago e não retornou com mais explicações.

Desde março do ano passado a empresa goiana está responsável pela coleta de lixo orgânico e rejeito no município, ao vencer a licitação lançada pela companhia. O custo é de pouco mais de R$ 18,6 milhões por um ano de contrato. São mais de 250 mil imóveis.

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