Após mais de seis anos de intervenção, o Hospital São Rafael, em Rolândia (Região Metropolitana de Londrina), voltou para o comando da Associação Beneficente São Rafael. Uma cerimônia realizada nesta semana marcou o fim da gerência por parte da prefeitura, que nos últimos anos nomeou administradores e diretores com o objetivo de garantir o funcionamento da instituição, que com dívidas e dificuldades de conseguir certidões para obter verbas, corria o risco de fechar as portas.

De acordo com o município, na época, o hospital estava com os salários dos funcionários e débitos com fornecedores atrasados. Os servidores municipais também estavam à beira de uma greve. “Mesmo com algumas dívidas, chegou-se à conclusão de que o hospital está demonstrando capacidade de renegociar suas contas, pagar em dia os servidores e assim pode caminhar sem a intervenção administrativa da prefeitura”, informou o poder público.

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O passivo do hospital ainda continua alto, de cerca de R$ 38 milhões. “O plano de recuperação é para os próximos dez anos. O primeiro passo foi sair da intervenção. Temos um passivo de impostos e fornecedores que estão sendo administrados para que posamos sanar nesta década. Avaliamos que aproximadamente R$ 20 milhões do passivo são indevidos. Ganhamos em primeira e segunda instância. Acreditamos que daqui a pouco metade do problema estará resolvido”, detalhou Paulo Boçois de Oliveira, diretor-geral do São Rafael.

APOIO DA COMUNIDADE

Outro fator que pesou para a decisão de sair da intervenção é que desde o ano passado a cidade conta com um Pronto Atendimento 24 horas. Além de Rolândia, o hospital é referência para outros dez municípios da região, como Jaguapitã, Miraselva, Prado Ferreira e Centenário do Sul. “Sempre dependemos do apoio e da ajuda da comunidade e agora vamos precisar ainda mais da parceria da população para que possamos avançar na assistência”, ressaltou. Oliveira ainda citou que parlamentares da região tem colaborado com a destinação de emendas.

ATENDIMENTOS SUS

Atualmente, o São Rafael realiza um média de 136 cirurgias por mês, com cerca de 2.500 atendimentos mensais de urgência e emergência. A maior parte dos pacientes é do SUS (Sistema Único de Saúde), em torno de 90%. O restante é de plano particular ou de saúde. A unidade dispõe de 56 leitos no total, sendo que 25 são de internação SUS para clínica em geral e oito para cirurgia.

A entidade recebe repasse do Ministério da Saúde, distribuídos pelo governo estadual, além de recursos do próprio Estado e também da prefeitura para os atendimentos via Sistema Único de Saúde.

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