São Paulo- Em 26 de maio, Dia Nacional de Combate à Catarata e ao Glaucoma, médicos-veterinários alertam quanto ao impacto das doenças oculares também no bem-estar dos animais. As doenças que atingem os olhos são as principais causas de cegueira nos animais domésticos e são difíceis de detectar.

O médico-veterinário Marcio Thomazo Mota, presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP ( Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo), enfatiza a importância do tutor estar atento ao comportamento do pet. “Deve-se observar o aparecimento de secreções, vermelhidão, e dificuldade de manter os olhos abertos. Podem ocorrer alterações como apatia, falta de apetite. O pet pode começar a esbarrar em cadeiras e sofás, e apresentar irritabilidade”, enfatiza.

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Na rotina da clínica veterinária, a catarata é uma das principais queixas dos tutores de cães acima de sete anos, e de gatos com mais de dez, afirma a médica-veterinária e presidente da Comissão de Entidades Veterinárias Regionais do CRMV-SP, Maria Cristina Timponi.

“O clínico deve observar qualquer sintoma de alteração ocular e indicar um médico-veterinário especializado para fazer um check-up oftalmológico. Esse cuidado poderá evitar o agravamento do quadro e maiores chances de cura”, orienta Maria Cristina.

PREDISPOSIÇÃO

Os cães das raças poodle, shih-tzu, pug, lhasa apso, boxer, bulldog e Boston terrier fazem parte do grupo com os maiores riscos de ter problemas oculares. Já em felinos, raças como persa ou exóticos destacam uma propensão maior a ter tais complicações ao longo da vida.

Timponi ressalta que todos os animais, inclusive os sem raça definida, podem desenvolver alguma lesão oftalmológica, por isso a importância de estar sempre atento.

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TRATAMENTOS

A catarata possui uma grande variedade de causas tantos nos cães quanto nos gatos, como fatores genéticos, traumáticos, inflamatórios, raciais e hormonais. No que se refere ao glaucoma, os quadros estão relacionados à inflamação ocular intensa, geralmente secundárias a doenças sistêmicas, como a erliquiose nos cães e a doenças virais nos gatos.

“O tratamento do glaucoma se baseia no uso de colírios que diminuem a pressão intraocular, enquanto da catarata é único e exclusivamente cirúrgico, através da técnica de facoemulsificação”, explica o médico-veterinário com especialização em Oftalmologia Veterinária, Luis Felipe Fernandes Reiter.

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PREVENÇÃO

Reiter orienta que a melhor forma de prevenção é a manutenção da saúde dos animais de forma geral, com vacinação atualizada, controle de ectoparasitas, exames sanguíneos a cada seis meses, e avaliação oftalmológica quando necessário.

É indicado também manter limpeza diária da região periocular e tosa higiênica da região. E para diminuir a incidência de doenças genéticas, animais com essas enfermidades devem ser retirados da reprodução pelos criadores. (Com informações do CRMV-SP)

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