Expectativa da prefeitura com a criação do benefício é também movimentar a economia local
Expectativa da prefeitura com a criação do benefício é também movimentar a economia local | Foto: Sergio Ranalli/Arquivo FOLHA

A partir da última semana de março, 1.636 pessoas poderão retirar os cartões do programa “Bolsa Rolândia”. O projeto consiste na transferência de renda para a população em situação de vulnerabilidade neste período de pandemia de coronavírus. O cartão vai ser abastecido ao final dos meses de março, abril e maio no valor de R$ 300, totalizando três parcelas.

O dinheiro deve ser utilizado, exclusivamente, para a compra de alimentos em supermercados, mercearias, açougues e padarias cadastrados. Não é permitido saque ou gasto com bebidas alcoólicas. Os moradores contemplados por esta iniciativa são aqueles já atendidos pelo Bolsa Família, com registro no CadÚnico, do governo federal, até novembro do ano passado. O benefício não usado em até 120 dias retornará aos cofres públicos.

Para se enquadrar no Bolsa Família a pessoa precisa ter renda per capita de até R$ 179, se tiver filhos, ou R$ 89, sem crianças. “Essa é a renda per capita que a pessoa não pode passar, mais muitos nem renda tem. São pessoas em maior estado de vulnerabilidade”, destacou Diego Silva, secretário municipal de Assistência Social de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina).

Os cartões serão entregues das 9h às 16h, no Colégio Estadual Francisco Villanueva, nos dias 29 e 30. O primeiro dia é destinado para os munícipes com as iniciais do nome variando de A a J e o segundo de K a Z. É necessário ir presencialmente o titular do benefício, levando documento com foto, CPF e comprovante de residência atualizado.

Pelo menos 50 empresas terão que estar aptas a atenderem por meio do cartão alimentação, de acordo com o que determina a lei aprovada pela Câmara e sancionada pelo prefeito Ailton Maistro. No entanto, mais instituições podem se habilitar, independentemente do porte, desde que estejam situadas em Rolândia. A empresa BK Bank, com sede em Ribeiro Preto, São Paulo, ganhou a licitação e vai gerenciar todo o serviço.

ECONOMIA

O município espera injetar com o programa aproximadamente R$ 1,5 milhão, montante proveniente do caixa da prefeitura. A ideia é que o dinheiro também movimente a economia local, que sente os efeitos da Covid-19. “Isso leva mais alimentos para a mesa de quem está em maior estado de vulnerabilidade social, enquanto o novo coronavírus ceifa vidas e desestabilizava a economia e o sistema de saúde. Dá mais dignidade”, defendeu.

CONTROLE

O secretário também destacou que haverá fiscalização para evitar fraudes. Um grupo com membros de algumas secretarias foi criado para averiguar possíveis irregularidades, como pessoas que não têm direito usufruindo da “bolsa”. “Será no mesmo parâmetro do auxílio emergencial. Os Cras (Centros de Referência da Assistência Social) vão receber as denúncias e o comitê vai avaliar. Se constada a irregularidade, a pessoa poderá ter que devolver o valor e ainda ser responsabilizada”, alertou.

SERVIÇO – Estabelecimentos que desejarem aderir comercialmente o programa devem entrar em contato pelo telefone/WhatsApp (19) 99991-8148.

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