Maringá - Depois de 715 dias sem aulas presenciais (as últimas foram em 1º de fevereiro de 2020, quando se encerrou o ano letivo de 2019), elas retornam na UEM (Universidade Estadual de Maringá). São 13.931 estudantes nas cerca de 70 graduações presenciais, mas apenas os 10.725 veteranos voltam hoje (17), já que os 3.206 calouros virão aos sete campi somente no dia 31 de janeiro.

Estudantes voltaram às salas de aula depois de 715 dias sem atividades presenciais
Estudantes voltaram às salas de aula depois de 715 dias sem atividades presenciais | Foto: Divulgação UEM

Este não é o início do ano letivo de 2022. As aulas, que recomeçaram remotamente (pela Internet) no dia 10 de janeiro, são referentes ao segundo semestre acadêmico de 2021, que irá até 14 de maio. O 1º semestre de 2021, cujas aulas terminaram em 15 de dezembro, foi realizado em Ensino Remoto Emergencial (ERE), assim como todo o ano letivo de 2020, devido à pandemia da Covid-19. E como a pandemia ainda não acabou, fica o alerta: dentro ou fora da universidade, use máscara de proteção individual sempre.

SEGUNDA A RETORNAR

A UEM é a segunda universidade estadual do Paraná a voltar às aulas presenciais das graduações. A primeira foi a Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), em 3 de novembro de 2021. As próximas deverão ser: Estadual de Londrina (UEL), em 24 de janeiro; Estadual do Centro-Oeste, 31 de janeiro, mesma data da Federal do Paraná (UFPR); Estadual do Paraná (Unespar) e Estadual do Norte do Paraná (Uenp), 2 de fevereiro; e, por fim, Estadual de Ponta Grossa (UEPG), 7 de fevereiro.

A fim de recuperar a carga horária que não foi ofertada durante o ensino remoto, os cursos de graduação da UEM poderão ofertar até 20% da carga horária das disciplinas no formato a distância, segundo decisão tomada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) em novembro de 2021.

Imagem ilustrativa da imagem Aulas presenciais são retomadas na UEM
| Foto: Divulgação UEM

expectativa

Bruno Barra, 21, formando em Letras – Língua Portuguesa, está contente por regressar ao campus de Maringá para seu 4º e último ano do curso. Para ele, o momento será para criar e recuperar memórias afetivas. “Fico feliz em poder voltar após dois anos longe, porque presencialmente é possível experienciar a universidade de modo mais integral. As trocas em sala de aula são mais fluidas, e estar de corpo presente nos permite aproveitar tudo que a universidade nos proporciona”.

Rafaela Maciel dos Santos e Ana Clara Dinardi Alves da Silva, ambas de 21 anos, até então ainda não tinham vivenciado as aulas nos campus. Elas são dos 1º anos, respectivamente de Psicologia (Maringá) e de Moda (Cianorte). “O ponto principal é que passarei a ter uma visão mais direta de que realmente estou cursando uma graduação, mesmo já estando no 2° semestre. Além de voltar a ter relações presenciais com amigos, o que é extremamente saudável para nossa saúde mental”, expõe Santos.

 Reitor e pró-reitora de Extensão visitam estudantes e professores em salas de aula e laboratórios
Reitor e pró-reitora de Extensão visitam estudantes e professores em salas de aula e laboratórios | Foto: Divulgação UEM

Já Silva confessa que retornar de maneira presencial vai contribuir grandemente para o seu aprendizado. "Na minha casa, e acredito que na casa da maioria dos estudantes, não tem a estrutura adequada”. Além do mais, a caloura considera que a graduação em Moda tem muitas práticas. “Na universidade, com certeza teremos a estrutura correta para executar as disciplinas. No campus Regional de Cianorte temos a Oficina de Moda, com todos os equipamentos essenciais para a nossa qualificação”.

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protocolos de biossegurança

“Desejamos a todos um bom retorno, efetivo e muito seguro. É importante que toda a comunidade acadêmica se informe a respeito dos protocolos de biossegurança”, pede Alexandra de Oliveira Abdala Cousin, pró-reitora de Ensino (PEN) da UEM. Acesse-os por meio deste link.

As equipes da PEN, Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PEC) e Gabinete da Reitoria fizeram questão de passear pelo campus de Maringá na manhã de hoje para recepcionar os alunos e professores e dar orientações.

comprovação vacinal

Para acessar as dependências da universidade, alunos e servidores (incluindo professores) devem apresentar seus comprovantes de esquema vacinal completo contra a Covid-19. A medida, já informada anteriormente, é corroborada pelo Ofício Circular 1/22 da PEN da UEM, datado de 13 de janeiro, que orienta que “apenas poderão retomar as atividades letivas presenciais os discentes com esquema vacinal anti-Covid-19 completo, exceto nos casos de expressa impossibilidade clínica atestada por relatório médico”.

Aqueles que não se vacinaram por impossibilidade clínica poderão optar por fazer plano de atividades domiciliares enquanto não forem imunizados. Estudantes e servidores públicos que não se vacinaram nem seguirem os protocolos de biossegurança estarão sujeitos a faltas e sanções disciplinares.

Durante a pandemia

Em 19 de março de 2020, a UEM instituiu o regime de teletrabalho (home office). As aulas de 2020, que iniciariam em 6 de abril, começaram apenas em 17 de agosto daquele ano, em ensino remoto emergencial, e se estenderam até 22 de maio de 2021. Já o primeiro semestre letivo de 2021 começou em 9 de agosto do ano passado e tem previsão para acabar em 14 de maio. Desde setembro de 2021, os servidores públicos da UEM com esquema vacinal completo há mais de um mês começaram a retornar ao trabalho presencial.

Desde agosto de 2021, as graduações do Centro de Ciências da Saúde (CCS) voltaram a ter aulas presenciais nas disciplinas de práticas profissionalizantes, enquanto as demais continuaram em ensino remoto. A retomada gradual das aulas presenciais se deu em 2020, com atividades para os dois últimos anos dos cursos do CCS, seguindo as diretrizes da Secretaria da Saúde do Paraná. Além dessas turmas, 30% dos demais anos dos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Medicina e Odontologia retornaram presencialmente, seguindo protocolos de biossegurança.

A qualidade da UEM A UEM é a 6ª melhor universidade estadual do país e mantém o conceito 4 no Índice Geral de Cursos (IGC) desde 2007, patamar considerado de excelência (o máximo é 5). O IGC é o indicador oficial de qualidade do ensino superior brasileiro, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) do Ministério da Educação (MEC).

Criada em 6 de novembro de 1969, a UEM tem sete campus, nas cidades de Cianorte, Cidade Gaúcha, Diamante do Norte, Goioerê, Ivaiporã, Maringá (sede) e Umuarama (incluindo a fazenda e o Hospital Veterinário). Também há polos de apoio presencial do Núcleo de Educação a Distância (Nead) no Paraná, a Fazenda Experimental de Iguatemi (FEI), a Estação Experimental de Piscicultura no distrito de Floriano, a base avançada de pesquisas do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia) em Porto Rico e o Complexo de Saúde em Maringá – com o Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) e outras unidades. (Com informações da UEM)

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