A Prefeitura de Londrina resolveu disponibilizar um guarda municipal para ficar fixo no PAI (Pronto Atendimento Infantil) todos os dias das 14h até meia-noite. O remanejamento ocorreu após reclamações de servidores e pacientes. Segundo o secretário de Defesa Social, Pedro Ramos, o horário foi escolhido por ser o maior no fluxo de atendimento.

Além disso, disse que as viaturas da GM intensificaram desde abril o patrulhamento "para garantir a manutenção da ordem pública e evitar o prejuízo aos serviços prestados". As respostas foram enviadas à Câmara Municipal após questionamentos do vereador Santão (PSC).

Um guarda ficará no PAI das 14h até meia-noite, horário escolhido por ser o maior no fluxo de atendimento
Um guarda ficará no PAI das 14h até meia-noite, horário escolhido por ser o maior no fluxo de atendimento | Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

A medida atende uma reivindicação registrada em comunicação interna assinada pelas coordenadorias de Enfermagem e Médica do PAI. No documento obtido pela FOLHA, os profissionais pediram o retorno dos agentes da GM.

O reforço foi solicitado pelo "número elevado de tumultos e invasões no corredor dos consultórios médicos e salão interno, atrapalhando o atendimento nos últimos meses". Informaram ainda que "são rotineiros os relatos de agressões verbais por parte da população".

De acordo com o comunicado, a proximidade do PAI com a praça Tomi Nagakawa, na região central, "onde o fluxo de andarilhos e desocupados tem aumentado consideravelmente", explica a sensação de insegurança.

Médicos e enfermeiros argumentaram "que essa população comete furtos e assaltos na região e até dentro da unidade. Por ser pública, a circulação é constante, o que ocasiona uma intranquilidade para nossos pacientes, pois, as preocupações dos pais são com as crianças que ficam expostas e algumas mães que sofrem assédio".

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a vigilância fixa da Guarda Municipal será por tempo indeterminado.

RECLAMAÇÕES E REVOLTA

Paralelamente à insegurança, quem trabalha ou depende do PAI sofre do mesmo problema: a falta de pediatras que deságua na demora do atendimento. O caso tem sido acompanhado de perto pela Comissão de Defesa dos Direitos do Nascituro, da Criança, do Adolescente e da Juventude da Câmara Municipal.

Na primeira quinzena de abril, o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, participou de sabatina no Legislativo e sugeriu pelo menos duas soluções emergenciais: uma licitação para contratar 1.920 horas extras de médicos pediatras e o chamamento de residentes em Medicina de Saúde e Comunidade para tentar suprir a demanda.

Segundo os vereadores Emanoel Gomes (Republicanos) e Mara Boca Aberta (PROS), que integram a comissão, a prefeitura deve abrir nos próximos dias um procedimento para contratar as horas médicas.

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