Bem-estar coletivo, alimentação saudável, áreas cuidadas. Estes são apenas alguns dos benefícios gerados pelas hortas comunitárias. Em Londrina existem 48 espaços que são usados para cultivo de verduras e legumes espalhados por toda a cidade. Vinte e seis estão dentro de unidades escolares. A expectativa da secretaria municipal de Agricultura e Abastecimento é encerrar o ano com, pelo menos, mais dez hortas dentro do Programa Municipal de Hortas Comunitárias.

Produção é dividida entre os moradores e também são realizadas doações para escolas e creches
Produção é dividida entre os moradores e também são realizadas doações para escolas e creches | Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

Segundo a pasta, o município tem 50 terrenos à disposição, sendo 29 de propriedade do poder público, 14 disponibilizados pela Copel (Companhia Paranaense de Energia) e outros sete cedidos pela Cáritas Arquidiocesana. Na tentativa de difundir e incentivar a adesão ao programa, uma transmissão on-line foi realizada recentemente para explicar como funciona o projeto. Em apenas um dia várias pessoas entraram em contato com a secretaria.

“Quando a pessoa tem interesse ela manda a solicitação. É necessário anexar a documentação, comprovante de residência e pequeno projeto do que quer plantar, dizendo quantas famílias vão participar”, explicou Viviane Fernandes, gerente de Comercialização da secretaria Agricultura. “É feita a análise e, dependendo do caso, passa para a comissão que envolve outras secretarias e órgãos para também avaliarem”, acrescentou.

Após a aprovação por parte do poder público, o terreno é cedido para a comunidade. A secretaria entra com o maquinário para o preparo inicial do solo e é oferecida assistência técnica. As pessoas que vão cuidar precisam manter a área com recursos próprios. “Ainda não fornecemos sementes ou mudas. Estamos fazendo um levantamento de orçamento para saber se poderemos oferecer, mas por enquanto, são as pessoas que precisam ver essa questão”, destacou.

Entre os cuidados básicos que precisam ser mantidos a partir do momento que é implantada a horta comunitária estão regar diariamente, tirar plantas indesejáveis e verificar a incidência de pragas. Não podem ser usados agrotóxicos. “A cada três meses é preciso apresentar um relatório para acompanharmos, saber se todos estão cuidando.”

TERAPIA

As hortaliças produzidas são divididas entre os moradores e o excedente pode ser comercializado para a compra de adubos e sementes. Além disso, também são feitas doações para escolas e creches. “É uma forma de melhorar a alimentação, pode gerar uma renda, ainda mais neste período em que estamos. É uma terapia. A maioria das pessoas que cuidam dessas hortas são idosos e temos relatos de gente que saiu da depressão se dedicando ao cultivo”, elencou Viviane Fernandes.

A horta comunitária do conjunto Mister Thomas existe há 11 anos e no terreno são cultivados alface, almeirão, beterraba e cebolinha
A horta comunitária do conjunto Mister Thomas existe há 11 anos e no terreno são cultivados alface, almeirão, beterraba e cebolinha | Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

ZONA LESTE

A horta comunitária do conjunto Mister Thomas, na zona leste, existe há cerca de 11 anos. Atualmente, 14 moradores mantém o terreno, cultivando alface, almeirão, beterraba e cebolinha. “Só não plantamos o que cresce alto. Têm várias pessoas que ajudam, alguns aposentados vendem e na minha casa é para consumo. Praticamente todos os dias comemos alface fresca”, contou o manobrista Edson Wolcow Ricardo.

O morador é o responsável geral pela horta há um ano, no entanto, a dedicação dele vem de mais tempo. “Há cerca de seis anos comecei a fazer parte por conta da minha filha, que é vegetariana. Tomei gosto e hoje não largo mais. É bom mexer na terra”, valorizou.

SERVIÇO - Mais informações por meio do e-mail [email protected] ou do telefone (43) 3372-4789, que atende de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h.

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