Em apenas duas semanas de outubro, a Sema (secretaria municipal do Ambiente) constatou quatro atropelamentos de animais que vivem no Parque Arthur Thomas, na zona sul de Londrina. O número pode parecer pequeno, mas assusta quem lida com os bichos todos os dias. Segundo o biólogo e gerente de Fauna e Biodiversidade da órgão, Jonas Henrique Pugina, em média um acidente desse tipo acontece por mês. Por isso, a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) foi acionada por meio de ofício para reforçar a sinalização no entorno.

Imagem ilustrativa da imagem Acidentes com animais ao redor do Parque Arthur Thomas aumentam e Sema pede mais sinalização
| Foto: Gustavo Carneiro/Grupo Folha

Dos atropelamentos recentes, todos foram fatais. São quatis, macacos e lagartos que andam em bando e atravessam lentamente as ruas. "Não há uma razão específica para esse crescimento, nos parece mais uma coincidência. O motorista que passa pelo Arthur Thomas precisa ter a consciência de que está circulando em uma área de preservação. Toda atenção é importante", diz o servidor.

Segundo Pugina, na maioria das vezes o condutor nem percebe o acidente. "As pessoas não entendem que alimentar um animal silvestre é uma prática que pode estar ligada ao atropelamento. Quando você alimenta o macaco, por exemplo, ele se torna mais amigável à presença do humano. Ele vai sendo humanizado, domesticado e começa a frequentar ambientes que não são os seus", esclarece.

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De acordo com o biólogo, a população não pode agir por conta própria ao encontrar algum bicho ferido. "Nunca se deve pegar o animal. É preciso ligar para a Sema ou o IAT (Instituto Água e Terra), do governo estadual. Somente esses órgãos podem recolher da forma correta", pontua.

A Sema não pediu uma sinalização específica para a CMTU, mas o ofício sugere "indicações verticais e redutores de velocidade" nas Ruas Barcelona e Da Natureza. A companhia ainda não respondeu a solicitação. O Parque Arthur Thomas tem 85 hectares e foi criado em setembro de 1975.

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