Escolher e decidir qual a melhor escola para os filhos é uma tarefa difícil. Os pais precisam levar em consideração vários aspectos que vão bem além do valor do investimento. Questões práticas, diretamente relacionada com o estilo de vida da família e outros aspectos que podem influenciar a formação do pequeno cidadão devem ser levados em consideração afinal, é o conjunto de todos esses fatores que irá determinar a maneira como os estudantes vão encarar desafios da vida profissional num futuro não tão distante assim.

Imagem ilustrativa da imagem O que fazer na hora de escolher a escola dos filhos? Especialistas indicam o caminho
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Impossível não levar em consideração os efeitos da pandemia na hora de fazer a matrícula dos filhos para o ano letivo 2022. As escolas fizeram a tarefa de casa direitinho, se adaptando aos protocolos, inovando no ensino híbrido e com atenção redobrada nos cuidados quanto à segurança sanitária dos alunos, corpo docente e funcionários. Cada escola, pode se apresentar como um universo de possibilidades e a atenção dos pais a cada uma dessas particularidades pode ser determinante na escolha do lugar ideal para o próprio filho desenvolver056 as suas habilidades. Sempre bom lembrar que o critério mais importante para uma família pode não ser prescindível para outra. Sendo assim, o que levar em consideração na hora de escolher a escola?

A diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino, Acedriana Vogel, consegue traçar um roteiro de pontos que podem servir de apoio aos pais. Para ela, questões como a formação dos professores, os valores defendidos pela instituição, espaços de interação e criatividade e até a distância da unidade devem ser ponderados desde sempre. No próximo ano, outras questões trazidas à tona pela pandemia também precisarão ganhar a atenção dos pais. “O trabalho da escola é fundamental para o desenvolvimento saudável de crianças e jovens. Com o contexto inusitado a partir da experiência da educação remota, veio a certeza de que os estudantes também aprendem com os colegas de sala, inclusive no recreio. Importante saber se a escola tem desenhado momentos que privilegiam a interação dentro e fora da sala de aula. Os estudantes, mais do que nunca, precisam conversar muito, falar como se sentem e do percurso que estão fazendo. Observem a arquitetura da escola, ela dá boas dicas sobre isso a partir da disposição das carteiras, das salas especiais, dos espações de interação no pátio; tudo para que os estudantes tenham espaço de fala e escuta e sintam-se acolhidos”, diz. Na opinião da diretora, o sistema híbrido de ensino veio para ficar, com atividades em salas de aulas virtuais no contra turno do trabalho presencial. “Importante conhecer o planejamento que a escola possui para enriquecer e ampliar o presencial, aproveitando o que aprendemos e que dá certo no trabalho à distância”, completa.

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A formação dos professores também deve pesar na hora da escolha da instituição de ensino. "A qualidade e experiência da equipe de professores é fundamentam. Procure saber mais detalhes sobre eles durante a conversa na escola. Verifique a política de seleção, o tempo médio de casa, a formação, a existência de professores auxiliares e qual o investimento na formação continuada da equipe", ressalta a educadora. Os pais devem avaliar a proposta pedagógica e como ela é aplicada, continua Acedriana. “Ao entender o conteúdo como um meio para que os estudantes desenvolvam habilidades e competências, vale observar o número de alunos por sala de aula, a arquitetura dos espaços da escola, a proposta de atividades sócio emocionais, bem como a carga horária de línguas e de atividades esportivas”.

“Importante conhecer o planejamento que a escola possui para enriquecer e ampliar o presencial, aproveitando o que aprendemos e que dá certo no trabalho a distância”, indica Acedriana Vogel, diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino
“Importante conhecer o planejamento que a escola possui para enriquecer e ampliar o presencial, aproveitando o que aprendemos e que dá certo no trabalho a distância”, indica Acedriana Vogel, diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino | Foto: Divulgação

Independentemente do tamanho da escola, a especialista orienta sobre a importância de entender como é organizado o atendimento ao estudante e a sua família. "Avalie se a escola oferece apoio psicológico, orientação educacional, professores tutores para ajudar as crianças e adolescentes com questões mais difíceis e delicadas", recomenda. Outro ponto é saber antecipadamente qual o tamanho da escola será melhor para o estudante, se o ideal é uma escola focada em determinada fase da vida das crianças ou uma que atenda o estudante em todas as etapas, da Educação Infantil ao Ensino Médio. “Ambas têm suas vantagens e desvantagens – uma escola que atende somente Educação Infantil tende a ser mais especializada e com todos os seus espaços modelados para crianças menores, por outro lado uma escola que tem todos os segmentos tende a trabalhar melhor os impactos de adaptação de um segmento para o outro", pondera Acedriana. Se a mudança acontecer durante o Ensino Médio, continua a diretora, o ideal é conferir se existe uma programação direcionada ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), formação técnica ou outro tipo de ensino específico e como ele acontece. "Com o Novo Ensino Médio, a escola se diferencia pela proposta dos Itinerários Formativos, por isso vale ponderar se o que a escola oferece faz sentido para as expectativas de escolha do estudante", diz.

Numa esfera mais privada, ela ainda aconselha as famílias a levarem em consideração a distância entre a casa e a escola. “Se criança for pequena, ela tende a dormir durante o caminho e isso pode influenciar na atenção, prejudicando inclusive o aprendizado”, diz. Se em casa tem um pequeno artista, avalie também o quanto o sistema de ensino estimula a criatividade. Durante a visita, observe as oficinas de práticas de arte e espaços de lazer, por exemplo e faça bem as contas: além do valor da mensalidade é preciso pôr na ponta do lápis outras despesas, como aulas extracurriculares, lanches e refeições. Independentemente do tamanho da escola, a especialista ainda orienta que é importante entender como é organizado o atendimento ao estudante e à sua família. "Avalie se a escola oferece apoio psicológico, orientação educacional, professores tutores para ajudar as crianças e adolescentes com questões mais difíceis e delicadas", recomenda.

CONFIANÇA

Débora Durães é diretora-geral do Colégio Maxi e afirma que na hora de escolher uma escola, os pais precisam avaliar se a mesma reúne todas, ou a maior parte, das qualidades que vão de encontro às expectativas do aluno e de seus responsáveis. “É importante observar se a visão de educação que a escola apresenta vai além do aprendizado acadêmico e notas altas, resultados naturais de uma abordagem consistente. Uma escola deve proporcionar ambientes de aprendizagem produtivos e que inspirem seus alunos a aprender, a desenvolver a autoconfiança, que estimulem mentes resilientes e capazes de vencer”, diz. Para ela, é importante que a escola prepare jovens confiantes, com desenvoltura para crescer, prosperar, realizar seus projetos de vida e atingir seus objetivos em um mundo em constante evolução. “Encontre uma escola que destaque o papel vital da cultura do bem-estar para o sucesso acadêmico e que tenha a cultura de salvaguarda dos alunos como prioridade. A escola deve estar atenta à segurança e ao cuidado dos alunos e em sintonia com a proteção à criança e ao adolescente, no seu sentido mais amplo”, completa.

“Uma escola deve proporcionar ambientes de aprendizagem produtivos e que inspirem seus alunos a aprender, a desenvolver a autoconfiança, que estimulem mentes resilientes e capazes de vencer”, reforça Débora Durães, diretora-geral do Colégio Maxi
“Uma escola deve proporcionar ambientes de aprendizagem produtivos e que inspirem seus alunos a aprender, a desenvolver a autoconfiança, que estimulem mentes resilientes e capazes de vencer”, reforça Débora Durães, diretora-geral do Colégio Maxi | Foto: Divulgação

O material didático também é importante, assim como projetos que contemplam inovação e tecnologia e programas que formem cidadãos globais capazes de desenvolver suas potencialidades em diferentes culturas, com capacidade de decisão e de gerenciar recursos, convivendo naturalmente com pessoas de diferentes nacionalidades, entendendo os complexos desafios de um mundo cada vez mais globalizado. “A equipe pedagógica da instituição deve ser altamente qualificada e o espaço físico também deve ser levado em consideração. Os espaços de aprendizagem são tão importantes quanto as relações humanas construídas e exploradas neste ambiente, que ocupa o papel do terceiro educador no processo de ensino e aprendizagem”, afirma. Acompanhar a evolução do ensino é uma vantagem. “Uma escola deve estar em permanente transformação, sempre atualizada e antenada às necessidades da nossa comunidade escolar e aos avanços no âmbito da educação. Todos os anos apresentamos projetos inovadores e investimentos em capital humano e estrutura física. As transformações nos impulsionam na busca da excelência sem que percamos nossas raízes, pois são elas que nos alimentam de força e afeto”, diz Débora.

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A escola também deve reconhecer a importância do investimento da família e confiança depositada, acompanhando a trajetória do aluno durante todo o ano, um cuidado que não deve terminar com a matrícula efetivada. “O acolhimento e o envolvimento das famílias e dos educadores no processo educativo, durante o ano todo, devem ser tratados pela escola como valores ímpares. Esse aspecto é fundamental na construção do vínculo entre o aluno e a escola, na comunicação constante e relação próxima com as famílias”, afirma. Débora conta que durante o ano são realizadas pesquisas de satisfação junto aos pais, estudantes e colaboradores. “Uma escola de qualidade está em permanente evolução, reavalia seus processos e administra com transparência as demandas pedagógicas e operacionais. Ela também aprende com o feedback da comunidade escolar e acerta muito mais quando entende o valor existente nas pesquisas, reuniões e rodas de conversa realizadas ao longo do ano letivo. A comunicação com a comunidade escolar é determinante para uma relação de confiança e de transparência entre ambos”, completa.

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