Bom e barato. De fato, o custo-benefício é uma realidade. Não à toa, o restaurante Cheiro Verde, em Ilha Bela, no litoral norte de São Paulo, coleciona e estampa em suas paredes diversos prêmios gastronômicos da Revista Veja nesse tipo de categoria. Um prato, teoricamente, preparado para uma pessoa, serve muito bem duas e, dependendo de quem está dividindo o prato, até mesmo três. Não estou brincando! É a mais pura verdade. E o melhor? O preço não passa dos R$ 50.

No primeiro dia na ilha, quis provar e degustar o espaguete de camarão à provençal, uma combinação clássica e característica da cozinha mediterrânea, ao mesmo tempo sofisticado e elegante, além de saboroso com ingredientes como azeite, manteiga e ervas. Não tenho palavras para descrever essa delícia. Eu sempre fui fã desse jeito específico de servir o camarão com macarrão, mas, mesmo sendo extremamente bem servido, deliciei-me com o prato até o fim. Tanto que, desafortunadamente, nem me lembrei de registrar uma foto do prato (sim, caro leitor, essa foto que ilustra a coluna é muito parecida, mas, de um banco de imagens).

No dia seguinte, jurei que ia dividir o prato com alguém. Que ia comer menos e que não me daria ao luxo de cometer o pecado da gula. Devo confessar que não cumpri o juramento. Que preciso do perdão divino, embora o pedido do segundo dia tenha ele próprio sido divino. Foi a vez de experimentar o fettuccine com camarão à fiorentina, um molho à base de espinafre que harmoniza muito bem com peixes, além de frangos e massas. Então, a combinação do molho com a massa e o camarão foi surreal. De novo, não deu nem pro cheiro, quanto menos para a foto! Perdoe-me!

Fettuccine com camarão à fiorentina: molho à base de espinafre harmoniza bem com peixes
Fettuccine com camarão à fiorentina: molho à base de espinafre harmoniza bem com peixes | Foto: Pixa bay

A Ilha Bela tem fama de ser um lugar um pouco mais caro do que os outros. E é mesmo. Entretanto, é possível descobrir refúgios como esse bem no meio do centrinho da Vila, no centro histórico, ao lado de outros excelentes restaurantes. Infelizmente, o Cheiro Verde não trabalha com carta de vinhos, o que é uma pena porque cada um desses dois pratos que eu escolhi pedia um vinhozinho para acompanhar. No caso do primeiro, um brut rosé ia muito bem. Eu até levei para a viagem, mas, abri na beira do mar da praia do Jabaquara. O segundo, cairia bem com um branco mais encorpado ou, até mesmo, um tinto.

Se você for à Ilha Bela, não deixe de visitar o Cheiro Verde. O problema é que a gastronomia da ilha é tão vasta e saborosa que precisamos sempre voltar para conhecer novos pratos. Talvez por isso – e pelas maravilhosas praias – eu voltei em menos de um ano.

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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