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(CADERNO 5 - Linguagens)

1. (ENEM – 2016)

É possível considerar as modalidades esportivas coletivas dentro de uma mesma lógica, pois possuem uma estrutura comum: seis princípios operacionais divididos em dois grupos, o ataque e a defesa. Os três princípios operacionais de ataque são: conservação individual e coletiva da bola, progressão da equipe com a posse da bola em direção ao alvo adversário e finalização da jogada, visando à obtenção de ponto. Os três princípios operacionais da defesa são: recuperação da bola, impedimento do avanço da equipe contrária com a posse da bola e proteção do alvo para impedir a finalização da equipe adversária.

DAOLIO, J. Jogos esportivos coletivos: dos princípios operacionais aos gestos técnicos – modelo pendular a partir das ideias de Claude Bayer. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, out. 2002. Adaptado.

Considerando os princípios expostos no texto, o drible no handebol caracteriza o princípio de

a) recuperação da bola.

b) progressão da equipe.

c) finalização da jogada.

d) proteção do próprio alvo.

2.(ENEM – 2020)

DECRETO N. 28 314, DE 28 DE SETEMBRO DE 2007

Demite o Gerúndio do Distrito Federal e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:

Art. 1.° Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal.

Art. 2.° Fica proibido, a partir desta data, o uso do gerúndio para desculpa de INEFICIÊNCIA.

Art. 3.° Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4.° Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 28 de setembro de 2007. 119.° da República e 48.° de Brasília

Disponível em: www.dodf.gov.br. Acesso em: 11 dez. 2017.

Esse decreto pauta-se na ideia de que o uso do gerúndio, como “desculpa de ineficiência”, indica

a) conclusão de uma ação.

b) realização de um evento.

c) repetição de uma prática.

d) continuidade de um processo.

e) transferência de responsabilidade.

3. (ENEM-2017)

Apesar de muitas crianças e adolescentes terem a Barbie como um exemplo de beleza, um infográfico feito pelo site Rehabs.com comprovou que, caso uma mulher tivesse as medidas da boneca de plástico, ela nem estaria viva. Não é exatamente uma novidade que as proporções da boneca mais famosa do mundo são absurdas para o mundo real. Ativistas que lutam pela construção de uma autoimagem mais saudável, pesquisadores de distúrbios alimentares e pessoas que se preocupam com o impacto da indústria cultural na psique humana apontam, há anos, a influência de modelos como a Barbie na distorção do corpo feminino.

Pescoço

Com um pescoço duas vezes mais longo e 15 centímetros mais fino do que o da uma mulher, a Barbie seria incapaz de manter sua cabeça levantada.

Cintura

Com uma cintura de 40 centímetros (menor do que a sua cabeça), a Barbie da vida real só teria espaço em seu corpo para acomodar metade de um rim e alguns centímetros de intestino.

Quadril

O índice que mede a relação entre a cintura e o quadril da Barbie é de 0,56, o que significa que a medida da sua cintura representa 56% da circunferência de seu quadril. Esse mesmo índice, em uma mulher americana média é de 0,8.

Disponível em: <http://oglobo.globo.com>. Acesso em: 2 maio 2015.


Ao abordar as possíveis influências da indústria de brinquedos sobre a representação do corpo feminino, o texto analisa a

a) noção de beleza globalizada veiculada pela indústria cultural.

b) influência da mídia para a adoção de um estilo de vida salutar pelas mulheres.

c) relação entre a alimentação saudável e o padrão de corpo instituído pela boneca.

d) proporcionalidade entre a representação do corpo da boneca e a do corpo humano.

e) influência mercadológica na construção de uma autoimagem positiva do corpo feminino.

4. - (ENEM-2015)

Riscar o chão para sair pulando é uma brincadeira que vem dos tempos do Império Romano. A amarelinha original tinha mais de cem metros e era usada como treinamento militar. As crianças romanas, então, fizeram imitações reduzidas do campo utilizado pelos soldados e acrescentaram numeração nos quadrados que deveriam ser pulados. Hoje as amarelinhas variam nos formatos geométricos e na quantidade de casas. As palavras “céu” e “inferno” podem ser escritas no começo e no final do desenho, que é marcado no chão com giz, tinta ou graveto.

Disponível em: <www.biblioteca.ajes.edu.br>. Acesso em: 20 mai. 2015. Adaptado.

Com base em fatos históricos, o texto retrata o processo de adaptação pelo qual passou um tipo de brincadeira. Nesse sentido, conclui-se que as brincadeiras comportam o(a)

a) caráter competitivo que se assemelha às suas origens.

b) delimitação de regras que se perpetuam com o tempo.

c) definição antecipada do número de grupos participantes.

d) objetivo de aperfeiçoamento físico daqueles que a praticam.

e) possibilidade de reinvenção no contexto em que é realizada.

5 - (ENEM-2015)

:

A dança moderna propõe em primeiro lugar o conhecimento de si e o autodomínio. Minha proposta é esta: através do conhecimento e do autodomínio chego à forma, à minha forma – e não o contrário. É uma inversão que muda toda a estética, toda a razão do movimento. A técnica na dança tem apenas uma finalidade: preparar o corpo para responder à exigência do espírito artístico.

VIANNA, K.; CARVALHO, M. A. A dança. São Paulo: Siciliano, 1990.

Na abordagem dos autores, a técnica, o autodomínio e o conhecimento do bailarino estão a serviço da

a) padronização do movimento da dança.

b) subordinação do corpo a um padrão.

c) concretização da criação pessoal.

d) ideia preconcebida de forma.

e) busca pela igualdade entre os bailarinos.

6. (ENEM-2020)

Leandro Aparecido Ferreira, o MC Fioti, compôs em 2017 a música Bum bum tam tam, que gerou, em nove meses, 480 milhões de visualizações no YouTube. É o funk brasileiro mais ouvido na história do site.

A partir de uma gravação da flauta que achou na internet, MC Fioti fez tudo sozinho: compôs, cantou e produziu em uma noite só. “Comecei a pesquisar alguns tipos de flauta, coisas antigas. E nisso eu achei a ‘flautinha do Sebastian Bach’”, conta. A descoberta foi por acaso: Fioti não sabia quem era o músico alemão e não sabe tocar o instrumento.

A “flauta envolvente” da música é um trecho da Partita em Lá menor, escrita pelo alemão Johann Sebastian Bach por volta de 1723.

Disponível em: https://gl.globo.com. Acesso em: 6 jun. 2018 (adaptado).

A incorporação de um trecho da obra para flauta solo de Johann Sebastian Bach na música de MC Fioti demonstra a

a) influência permanente da cultura eurocêntrica nas produções musicais brasileiras.

b) homenagem aos referenciais estéticos que deram origem às produções da música popular.

c) necessidade de divulgar a música de concerto nos meios populares nas periferias das grandes cidades.

d) utilização desintencional de uma música excessivamente distante da realidade cultural dos jovens brasileiros.

e) inter-relação de elementos culturais vindos de realidades distintas na construção de uma nova proposta musical.

7.

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A origem da obra de arte (2002) é uma instalação seminal na obra de Marilá Dardot. Apresentada originalmente em sua primeira exposição individual, no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, a obra constitui um convite para a interação do espectador, instigado a compor palavras e sentenças e a distribuí-las pelo campo. Cada letra tem o feitio de um vaso de cerâmica (ou será o contrário?) e, à disposição do espectador, encontram-se utensílios de plantio, terra e sementes. Para abrigar a obra e servir de ponto de partida para a criação dos textos, foi construído um pequeno galpão, evocando uma estufa ou um ateliê de jardinagem. As 1.500 letras-vaso foram produzidas pela cerâmica que funciona no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, num processo que durou vários meses e contou com a participação de dezenas de mulheres das comunidades do entorno. Plantar palavras, semear ideias é o que nos propõe o trabalho. No contexto de Inhotim, onde natureza e arte dialogam de maneira privilegiada, esta proposição se torna, de certa maneira, mais perto da possibilidade.

Disponível em: <www.inhotim.org.br>. Acesso em: 22 maio 2013. Adaptado.

A função da obra de arte como possibilidade de experimentação e de construção pode ser constatada no trabalho de Marilá Dardot porque

a) o projeto artístico acontece ao ar livre.

b) o observador da obra atua como seu criador.

c) a obra integra-se ao espaço artístico e botânico.

d) as letras-vaso são utilizadas para o plantio de mudas.

e) as mulheres da comunidade participam na confecção das peças.

8. (ENEM-2013)

Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como dança aristocrática. oriunda dos salões franceses, depois difundida por toda a Europa. No Brasil, foi introduzida como dança de salão e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto popular. Para sua ocorrência, é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores desenvolvem. Observa-se a constância das seguintes marcações: "Tour", "En avant", "Chez des dames", "Chez des cheveliê", "Cestinha de flor", "Balancê", "Caminho da roça", "Olha a chuva", "Garranchê", "Passeio", "Coroa de flores", "Coroa de espinhos" etc.

No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta transformações: surgem novas figurações, o francês aportuguesado inexiste, o uso de gravações substitui a música ao vivo, além do aspecto de competição, que sustenta os festivais de quadrilha, promovidos por órgãos de turismo.

CASCUDO, L. C. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1976.

As diversas formas de dança são demonstrações da diversidade cultural do nosso país. Entre elas, a quadrilha é considerada uma dança folclórica por

a) possuir como característica principal os atributos divinos e religiosos e, por isso, identificar uma nação ou região.

b) abordar as tradições e costumes de determinados povos ou regiões distintas de uma mesma nação.

c) apresentar cunho artístico e técnicas apuradas, sendo, também, considerada dança-espetáculo.

d) necessitar de vestuário específico para a sua prática, o qual define seu país de origem.

e) acontecer em salões e festas e ser influenciada por diversos gêneros musicais.

9 - (ENEM-2014)

Por onde houve colonização portuguesa, a música popular se desenvolveu basicamente com o mesmo instrumental. Podemos ver cavaquinho e violão atuarem juntos aqui, em Cabo Verde, em Jacarta, na Indonésia, ou em Goa. O caráter nostálgico, sentimental, é outro ponto comum da música das colônias portuguesas em todo o mundo. O kronjong, a música típica de Jacarta, é uma espécie de lundu mais lento, tocado comumente com flauta, cavaquinho e violão. Em Goa não é muito diferente. De acordo com o texto de Henrique Cazes, grande parte da música popular desenvolvida nos países colonizados por Portugal compartilham um instrumental, destacando-se o cavaquinho e o violão.

No Brasil, são exemplos de música popular que empregam esses mesmos instrumentos:

a) Maracatu e ciranda.

b) Carimbó e baião.

c) Choro e samba.

d) Chula e siriri.

e) Xote e frevo.

10 - (ENEM-2016)

PINHÃO sai ao mesmo tempo que BENONA entra.

BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e quer falar com você.

EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá fora, mas não quero falar com ele.

BENONA: Mas Eurico, nós lhe devemos certas atenções.

EURICÃO: Você, que foi noiva dele. Eu, não!

BENONA: Isso são coisas passadas.

EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi meu. Esperava que Eudoro, com todo aquele dinheiro, se tornasse meu cunhado. Era uma boca a menos e um patrimônio a mais. E o peste me traiu. Agora, parece que ouviu dizer que eu tenho um tesouro. E vem louco atrás dele, sedento, atacado de verdadeira hidrofobia. Vive farejando ouro, como um cachorro da molest’a, como um urubu, atrás do sangue dos outros. Mas ele está enganado. Santo Antônio há de proteger minha pobreza e minha devoção.

SUASSUNA, A. O santo e a porca. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013.

Nesse texto teatral, o emprego das expressões “o peste” e “cachorro da molest’a” contribui para

a) marcar a classe social das personagens.

b) caracterizar usos linguísticos de uma região.

c) enfatizar a relação familiar entre as personagens.

d) sinalizar a influência do gênero nas escolhas vocabulares.

e) demonstrar o tom autoritário da fala de uma das personagens.

11. (ENEM-2020)

A Mother in a Refugee Camp

No Madonna and Child could touch

Her tenderness for a son

She soon would have to forget...

The air was heavy with odors of diarrhea,

Of unwashed children with washed-out ribs

And dried-up bottoms waddling in labored steps

Behind blown-empty bellies. Other mothers there

Had long ceased to care, but not this one:

She held a ghost-smile between her teeth,

and in her eyes the memory

Of a mother’s pride... She had bathed him

And rubbed him down with bare palms.

She took from their bundle of possessions

A broken comb and combed

The rust-colored hair left on his skull

And then — humming in her eyes — began carefully [to part it.

In their former life this was perhaps

A little daily act of no consequence

Before his breakfast and school; now she did it

Like putting flowers on a tiny grave.

ACHEBE, C. Collect Poems. New York: Anchor Books, 2004.

O escritor nigeriano Chinua Achebe traz uma reflexão sobre a situação dos refugiados em um cenário pós-guerra civil em seu pais. Essa reflexão é construída no poema por meio da representação de uma mãe, explorando a(s)

a) demonstração de orgulho por não precisar pedir doações.

b) descrições artísticas detalhadas de uma obra conhecida.

c) aceitação de um diagnóstico de doença terminal do filho.

d) consternação ao visitar o túmulo do filho recém-falecido.

e) impressões sensoriais experimentadas no ambiente.

12 - (ENEM)

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Disponível em: <www. gocomics.com>. Acesso em: 26 fev. 2012.

A partir da leitura dessa tirinha, infere-se que o discurso de Calvin teve um efeito diferente do pretendido, uma vez que ele

a) decide tirar a neve do quintal para convencer seu pai sobre seu discurso.

b) culpa o pai por exercer influência negativa na formação de sua personalidade.

c) comenta que suas discussões com o pai não correspondem às suas expectativas.

d) conclui que os acontecimentos ruins não fazem falta para a sociedade.

e) reclama que é vítima de valores que o levam a atitudes inadequadas.

13. (ENEM – 2016)

Frankentissue: printable cell technology

In November, researches from the University of Wollongong in Australia announced a new bio-ink that is a step toward really printing living human tissue on an inkjet printer. It is like printing tissue dot-by-dot. A drop of bio-ink contains 10.000 to 30.000 cells. The focus of much of this research is the eventual production of tailored tissues suitable for surgery, like living Band-Aids, which could be printed on the inkjet.

However, it is still nearly impossible to effectively replicate nature’s ingenious patterns on a home office the kidney a setof pyramids. Those kinds of structures demand 3D printers that can build them up, layer by layer. At the moment, skin and other flat tissues are most promising for the inkjet.

Disponível em: <http://discovermagazine.com>. Acesso em: 2 dez 2012.

O texto relata perspectivas no campo da tecnologia para cirurgias em geral, e a mais promissora para este momento enfoca o(a)

a) uso de um produto natural com milhares de células para reparar tecidos humanos.

b) criação de uma impressora especial para traçar mapas cirúrgicos detalhados.

c) desenvolvimento de uma tinta para produzir pele e tecidos humanos finos.

d) reprodução de células em 3D para ajudar nas cirurgias de recuperação dos rins.

e) extração de glóbulos do fígado para serem reproduzidos em laboratórios.

14 . (ENEM – 2016)

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A campanha desse pôster, direcionada aos croatas, tem como propósito

a) alertar os cidadãos sobre a lei em vigor contra a discriminação.

b) conscientizar sobre as consequências do preconceito na sociedade.

c) reduzir os prejuízos causados por motoristas alcoolizadas.

d) fazer uma crítica à falta de habilidade das mulheres ao volante.

e) evitar os acidentes de trânsito envolvendo mulheres.

15. (ENEM – 2016)

Do amor à pátria

São doces os caminhos que levam de volta à pátria. Não à pátria amada de verdes mares bravios, a mirar em berço esplêndido o esplendor do Cruzeiro do Sul; mas a uma outra mais íntima, pacífica e habitual – uma cuja terra se comeu em criança, uma onde se foi menino ansioso por crescer, uma onde se cresceu em sofrimentos e esperanças plantando canções, amores e filhos ao sabor das estações.

MORAES, V. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1987.

O nacionalismo constitui tema recorrente na literatura romântica e na modernista. No trecho, a representação da pátria ganha contornos peculiares porque

a) o amor àquilo que a pátria oferece é grandioso e eloquente.

b) os elementos valorizados são intimistas e de dimensão subjetiva.

c) o olhar sobre a pátria é ingênuo e comprometido pela inércia.

d) o patriotismo literário tradicional é subvertido e motivo de ironia.

e) a natureza é determinante na percepção do valor da pátria.

16. (ENEM – 2014)

Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma da língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não! Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo do dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo do dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo do dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.

POSSENTl, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011. Adaptado.


Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único "português correto". Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber

a) descartar as marcas de informalidade do texto.

b) reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla.

c) moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico.

d) adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto.

e) desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola.

17. (ENEM – 2018)

TEXTO I

O meu nome é Severino,

não tenho outro de pia.

Como há muitos Severinos,

que é santo de romaria,

deram então de me chamar

Severino de Maria;

como há muitos Severinos

com mães chamadas Maria,

fiquei sendo o da Maria

do finado Zacarias,

Mas isso ainda diz pouco:

há muitos na freguesia,

por causa de um coronel

que se chamou Zacarias

e que foi o mais antigo

senhor desta sesmaria.

Como então dizer quem fala

ora a Vossas Senhorias?

MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1994 (fragmento).

TEXTO II

João Cabral, que já emprestara sua voz ao rio, transfere-a, aqui, ao retirante Severino, que, como o Capibaribe, também segue no caminho do Recife. A autoapresentação do personagem, na fala inicial do texto, nos mostra um Severino que, quanto mais se define, menos se individualiza, pois seus traços biográficos são sempre partilhados por outros homens.

SECCHIN, A. C. João Cabral: a poesia do menos. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999 (fragmento).

Com base no trecho de Morte e vida severina (texto I) e na análise crítica (texto II), observa-se que a relação entre o texto poético e o contexto social a que ele faz referência aponta para um problema social expresso literariamente pela pergunta “Como então dizer quem fala / ora a Vossas Senhorias?”.

A resposta à pergunta expressa no poema é dada por meio da

a) descrição minuciosa dos traços biográficos do personagem-narrador.

b) construção da figura do retirante nordestino como um homem resignado com a sua situação.

c) representação, na figura do personagem-narrador, de outros Severinos que compartilham sua condição.

d) apresentação do personagem-narrador como uma projeção do próprio poeta, em sua crise existencial.

e) descrição de Severino, que, apesar de humilde, orgulha-se de ser descendente do coronel Zacarias.

GABARITO

Folha Enem 2021 - Linguagens (06/09/2021)

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