A máquina do desemprego
PUBLICAÇÃO
sábado, 08 de junho de 2019
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9 de junho de 1979
A apresentação oficial da colheitadeira de café, capaz de colher a produção equivalente a quatro pés de café em 1 minuto, ou substituir o trabalho realizado por 100 homens ao dia, surpreendeu os dirigentes sindicais, que vêem, na introdução desta nova tecnologia, um acontecimento muito pior que as últimas geadas.
A liberação de mão-de-obra será inevitável, especialmente em uma cultura que, juntamente com o algodão, vem proporcionando ocupação aos 800 mil “bóias-frias” paranaenses.
Apesar de prevista para ser comercializada somente em 1981 e absorver apenas 12 por cento do parque cafeeiro nacional, a indústria Jacto S.A. - responsável pela sua fabricação – iniciará brevemente os testes para sua adaptação nas mais variadas regiões onde se planta o produto. Os reflexos prováveis da introdução da mecanização no café já foram previstos, segundo declarou o ministro do Trabalho, Murilo Macedo, e o vice-presidente da República, Aureliano Chaves. Para tanto, “o Governo criará programas especiais para fazer frente a esta nova realidade”.
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