SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Apesar da pressão crescente dos policiais militares de Minas Gerais por aumento salarial, o governo Romeu Zema (Novo) afirma que não pretende fazer concessões que comprometam as finanças do estado.

A razão para isso é que os discursos de austeridade fiscal e de recuperação da capacidade de investimento do estado são duas marcas da gestão Zema, que deverão ter lugar de destaque na sua campanha à reeleição.

Segundo um aliado do governador, perder esse ativo político pode ser mais prejudicial do que o possível desgaste ocasionado com as manifestações das forças de segurança.

No próximo dia 9, haverá novo ato público convocado por associações de policiais em Belo Horizonte (MG). Por enquanto, a percepção é de que o movimento não gerou ainda problemas graves para a segurança no estado, a não ser transtornos de circulação para a população, sobretudo a da capital. Mas isso pode mudar se houver agravamento da situação.

A avaliação interna no governo é que a população rejeita exemplos de gestões anteriores e percebe que estes movimentos são politizados, retornando a cada quatro anos, desde a década de 1990.

O estado ostenta melhoria no perfil do comprometimento da receita com folha de pagamento, que caiu de 70% para 49% no atual governo. Em breve, a ideia é retomar a realização de concursos públicos.

Segundo um membro do governo Zema, não adianta fazer um pacote de bondades, ganhar a eleição e novamente ter de lidar com um estado destruído financeiramente.