BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), rebateu as acusações de que a comissão foi instalada tendo como pano de fundo interesses eleitorais, buscando atingir a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

Randolfe também disse que "teorias da conspiração ridículas" custaram a vida de pessoas e que "pelo menos 200 mil irmãos nossos poderiam estar entre nós".

O senador amapaense afirmou que o pós-pandemia não pode ser alimentado pelo ódio.

"O pós-pandemia não pode ser disseminador da ignorância, que alimentou teorias da conspiração ridículas, que por si só deveriam ser responsabilizadas, mas que custaram a vida de pessoas", afirmou

Randolfe, autor do requerimento de instalação da CPI, disse que entre os diversos motivos que levaram a instalação da comissão estão a crise sanitária em Manaus, durante a segunda onda da pandemia, em janeiro.

"O que clamou por essa CPI foi a perda de compatriotas de todas as classes sociais, as filas de desespero por cilindros de oxigênio, foi o choro dos órfãos que perderam os país", afirmou.

O senador depois citou estimativas de pessoas que poderiam ter sobrevivido, caso o governo federal tivesse adotado medidas para conter a pandemia do novo coronavírus.

"Pelo menos 200 mil irmãos nossos poderiam estar entre nós".

Randolfe ainda pediu a veiculação de um vídeo com falas negacionistas de Jair Bolsonaro, quando afirmou que pessoas que tomassem vacina virariam jacarés, quando disse que não era "coveiro" e quando disse que o Brasil precisava deixar de ser um "país de maricas".

Também citou o caso Prevent Senior e a atuação de médicos que realizaram estudos com médicos do Kit Covid com seus pacientes.

"Vimos lamentavelmente o mal ser reproduzido em larga escala. Vimos que aqueles que teriam a missão de salvar vidas, produziram o mal, produziram mortes", afirmou.

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