SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - O advogado, professor e vereador em Curitiba Renato Freitas (PT) foi detido na noite desta sexta-feira (23) pela Guarda Municipal na capital paranaense. Ele participava de um ato de convocação para as manifestações deste sábado (24) contra o presidente Jair Bolsonaro.

Em suas redes sociais, Freitas, 37, afirmou que estava no centro de Curitiba com um megafone gritando "Fora, Bolsonaro" quando foi interpelado por um homem para questionar as críticas ao presidente.

O homem teria tentado tomar o megafone das mãos de Freitas e o teria agredido com chutes o vereador. Este revidou e o atingiu o rosto do homem com o megafone.

"Ele veio bem louco, querendo me agredir. Fiz assim com o megafone, num ato de defesa, numa reação automática, e bati com o megafone dele. Bateu no rosto, de fato", afirmou Freitas, em um vídeo publicado em suas redes sociais.

Após a confusão, Freitas foi detido pela Guarda Municipal. Cinco guardas derrubaram o vereador no chão e o imobilizaram, enquanto um sexto filmava com um celular a ação.

Ele foi algemado, colocado no porta-malas de uma viatura da Guarda Municipal e levado para uma delegacia. Foi liberado após prestar depoimento.

Freitas classificou a ação dos agentes como truculenta: "A Guarda Municipal usou uma força desproporcional, excessiva", afirmou.

Em nota, a Guarda Municipal de Curitiba informou que Freitas foi detido "depois de agredir um homem" e que o vereador resistiu a ser encaminhado para a Central de Flagrantes. Freitas nega a versão e diz que não houve resistência.

A Guarda Municipal ainda informou que todos os procedimentos estavam dentro do protocolo de operações.

"Foi utilizado contato verbal através da negociação e mediação de conflitos e, posteriormente, o uso de energia moderada para contenção do vereador para resguardar a integridade física de todos."

O PT Curitiba e o PT Paraná emitiram uma nota na qual repudiaram a ação da Guarda Municipal, que foi classificada como "irregular e preconceituosa".

"Até quando esse regime de exceção vai existir? Basta! O Partido dos Trabalhadores já está tomando todas as medidas para que mais essa injustiça contra o Renato seja desfeita o mais rápido possível", informa a nota.