SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Políticos, autoridades e entidades de todo o país manifestaram pesar pela morte do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, 41, ocorrida neste domingo (16) em decorrência de um câncer. Grupos de diferentes espectros políticos lamentaram a partida do prefeito, de tucanos a petistas.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que "Bruno Covas era a esperança". "Bruno Covas era sensível, sereno, correto, racional, pragmático e ponderado. Voz sensata, sorriso largo e bom coração. Bruno Covas era esperança. E a esperança não morre: ela segue, com fé, nas lições que ele nos ofereceu em sua vida", disse.

Em 2016, mais conhecido por ser neto de Mario Covas (1930-2001) do que pela atuação discreta como parlamentar, Covas se tornou o vice na chapa de João Doria (PSDB) para a prefeitura. Em abril de 2018, aos 38 anos, ele assumiu o posto de prefeito quando Doria disputou o governo estadual.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que o partido "perdeu uma de suas mais promissoras e brilhantes lideranças".

Araújo ressaltou que o prefeito "jamais se omitiu, deixou-se abater ou desistiu diante das dificuldades", e o comparou ao avô, Mario Covas, ex-governador de São Paulo. "Também como o avô, nos fará uma enorme falta."

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também publicou mensagem em rede social nesta tarde prestando solidariedade pela morte de Covas. "Nossa solidariedade aos familiares e amigos do Bruno Covas, que faleceu hoje após uma longa batalha contra o câncer. Que Deus conforte o coração de todos!"

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente, já havia se manifestado mais cedo dizendo que o prefeito serve de inspiração.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), lamentou a morte e ressaltou a coragem com que Covas enfrentou a doença.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), divulgou nota. "Em 2015, ingressamos juntos na Câmara dos Deputados, onde convivemos até ele assumir o cargo de vice-prefeito de São Paulo, em 2017", diz nota, que define Covas como "um dos maiores quadros da nossa geração", representante dos ideais da social democracia.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) publicou mensagem nas redes sociais lamentando a morte de Covas. "Com a morte de Bruno Covas, SP perde um bom prefeito e o PSDB um bom quadro. Lamento pela perda tão jovem de uma vida, pela família e por todos nós que o respeitávamos e o tínhamos como um grande quadro político", escreveu ele, um dos fundadores do PSDB, assim como o avó de Bruno.

O ex-presidente Lula (PT) também se manifestou nas redes sociais: "Meus sentimentos aos familiares, amigos e correligionários de Bruno Covas, que nos deixou hoje após travar uma longa e dura batalha contra o câncer. Que Deus conforte o coração de sua família."

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também lamentou a morte. "O Brasil perdeu um dos seus promissores líderes políticos. Quero manifestar meus sentimentos ao filho Tomás e a toda família Covas, além dos militantes e dirigentes do PSDB."

O ex-presidente Michel Temer (MDB) elogiou o perfil do prefeito. " Acabo de receber a tristíssima notícia do falecimento de Bruno Covas. Tão jovem, tão afável, tão idôneo. Com ele vai embora parte da nossa esperança. Descansa em paz."

O ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), lembrou que ambos foram colegas na Câmara e lamentou a morte.

Onyx Lorenzoni, ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, publicou mensagem nas redes sociais. "Meus sentimentos. Que Deus conforte os familiares e amigos de Bruno Covas".

O ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, escreveu que sente muito pela morte de Covas.

O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta afirmou que Covas "lutou o bom combate" e manifestou pêsames à família.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ressaltou a juventude de Covas. "Que a família, os amigos, e todos aqueles que conviveram com Bruno Covas encontrem paz e conforto nesse momento de dor", escreveu no Twitter. "Nunca é fácil perder alguém, especialmente jovem. Bruno foi corajoso e encarou a doença com garra e vontade de viver. Envio minhas orações".

Em nota, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) lembrou especialmente do filho Tomás, com que Covas sempre demonstrou proximidade em agendas públicas.

"Lutou com bravura e destemor até o último instante. Das vezes em que estivemos juntos, guardo a melhor impressão dos gestos de homem público forte, decente e de muito caráter. Que Deus o receba em sua morada e dê força e entendimento aos que ficam, sobretudo aos familiares, especialmente ao seu filho Tomás", diz a nota. "Perdemos um homem de valor e a cidade de São Paulo perde um político de princípios."

O ex-senador Aloysio Nunes (PSDB) afirmou que a morte provoca "desoladora sensação de vazio". "É o amigo querido que se vai e uma esperança de renovação virtuosa da política brasileira que desaparece. Sua carreira política, que o levou à Prefeitura de São Paulo, foi solidamente alicerçada e bem construída, com sua personalidade sedutora, seu preparo intelectual e sua devoção à democracia. Caberá aos que ficam, especialmente aos companheiros de sua geração, levar adiante ainda que com o coração partido, a promoção das causas pelas quais Bruno lutou tão bravamente."

A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) escreveu no Twitter que o Brasil perdeu uma grande liderança política. "Enquanto enfrentava uma doença devastadora, @brunocovas enfrentou com coragem o desafio de ser prefeito de São Paulo, a maior capital da América Latina, sem jamais esmorecer.​ Ele também se mostrou uma liderança fundamental para a democracia, sobretudo em tempos tão difíceis.

Colega de PSDB, o deputado Carlos Sampaio (SP) disse ter recebido com tristeza a partida de Bruno Covas. "Bruno se destacava pelo caráter, capacidade de gestão e amor ao país. Minha solidariedade aos familiares, especialmente ao filho Tomás, que perde um pai amoroso e presente! Fica com Deus, amigo!", publicou nas redes sociais.

Ao manifestar os sentimentos à família, o deputado estadual Vinicius Camarinha , líder do Governo na Assembleia Paulista disse: "Trabalhamos juntos como deputados na Assembleia de 2008 a 2012. Pessoa simples, leal e trabalhadora. Nos deixa no momento em que mais precisamos de homens públicos lúcidos e coerentes."

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) escreveu que o Brasil perde hoje uma de suas maiores lideranças políticas. "Eu, perco um amigo querido, que conheci ainda jovem, ao lado de seu avô, o inesquecível Mario Covas."

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, ressaltou que Covas em "hora nenhuma declinou de sua liderança."

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (DEM), afirmou que "a partida precoce de Bruno representa uma lacuna irreparável para São Paulo e para todo o Brasil."

A bancada do PSDB na Câmara afirmou que Covas era uma fonte de inspiração. "Bruno Covas governou nossa cidade com carinho, atenção e determinação, e enfrentou a doença que o vitimou sem perder a esperança e a vontade de viver. As boas lembranças seguem guardadas em nossos coraçõe", escreveram, em nota assinada pelo vereador Xexéu Tripoli.

O vereador Eduardy Suplicy (PT-SP) expressou na sexta-feira (14), quando o boletim médico informou a irreversibilidade do quadro de Covas, que rezava por um milagre. Hoje, o vereador petista manifestou seu sentimentos de pesar aos familiares do prefeito e destacou a dedicação de Bruno Covas à cidade de São Paulo.

O correligionário Fernando Capez também lamentou a morte. "Meu mais profundo pesar pelo falecimento do Bruno Covas. Nunca reclamou, nunca ofendeu, sempre lutou. Combateu o bom combate e agora é recebido por Deus. Lembraremos dele por esse sorriso no rosto e por sua inabalável coragem e força para governar a maior cidade da América Latina. Oremos pelos pais, pelo Tomás e pela família. Descanse em paz amigo."

A vereadora Érika Hilton (PSOL-SP) destacou a "luta pela vida" travada por Bruno Covas e manifestou sua solidariedade aos amigos, equipe e familiares de Covas, em especial seu filho Tomás.

Adversário na última campanha eleitoral à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) também publicou mensagem em rede social lamentando a morte de Covas. "Tivemos uma convivência franca e democrática. Minha solidariedade aos seus familiares e amigos neste momento difícil. Vá em paz, Bruno!"

Ministros do STF se manifestaram. Luís Roberto Barroso, que também é presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), disse que Bruno Covas honrou a tradição democrática da família. Pelas redes sociais, o ministro Alexandre de Moraes enviou sentimentos à família e, em especial, ao filho Tomás.

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad também publicou mensagem em rede social. "Meus sentimentos à família Covas pela perda precoce."

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou que Covas foi um exemplo.

Ex-prefeito de Nova York, Mike Bloomberg publicou alguns tuítes em tributo a Covas. Ele disse que o brasileiro "era um líder ousado e criativo que ajudou o motor econômico do Brasil a se tornar uma das cidades mais inovadoras na região".

A morte também foi lamentada pelo governador do Rio, Cláudio Castro (PSC), que afirmou que recebeu a notícia com tristeza. "É uma morte extremamente precoce que interrompe uma trajetória que ainda seria repleta de conquistas. Uma grande perda para o Brasil com a partida deste jovem, líder e democrata. Com coragem e serenidade, enfrentou uma doença terrível e, infelizmente, não resistiu. Presto minhas condolências e peço a Deus que dê conforto à família, amigos e ao povo da cidade de São Paulo."

O Santos, time de futebol do coração do prefeito, também homenageou Covas. "Santista apaixonado, Covas foi um exemplo de luta e amor à vida nessa triste batalha contra o câncer. Nossos sentimentos aos amigos e familiares!"

Covas era vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos e do Conectar (consórcio de prefeituras pela compra de vacinas contra a Covid-19). Em nota, as entidades disseram que "como governante da maior cidade do país, Bruno Covas nunca deixou de se dedicar às causas dos municípios e de trabalhar para a melhoria de vida da população."

"O prefeito era um entusiasta incansável do diálogo e uma militante do meio ambiente. Tinha, em suas atitudes, um respeito pelos que pensam diferente e um zelo pela democracia. O Brasil perde um bom homem e um político que visava o bem comum", diz o comunicado.

O rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista e representante da Confederação Israelita do Brasil para o diálogo inter-religioso, lamentou a morte do prefeito. "São Paulo perde um homem público jovem profundamente comprometido com o bem-estar dos paulistanos. Presente em todos os eventos importantes da comunidade judaica como o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto, Bruno tornou-se um amigo de quem já sentimos saudades."

O presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, também se pronunciou lamentando a morte do prefeito. "Bruno Covas marcou sua trajetória política e de vida pela seriedade, equilíbrio e dinamismo. Sua morte deixa como legado princípios como coerência política e idealismo, valores herdados do seu avô, Mario Covas."

O Grupo Record destacou a força do prefeito. "Vindo de uma família com nomes de destaque na política brasileira, Bruno Covas também deixa como legado uma marca na política nacional. Ele tornou-se um exemplo de força e persistência ao manter seu trabalho à frente da prefeitura da maior metrópole do país, mesmo enquanto travava uma incansável luta pela vida, o que fez de forma pública e transparente."