SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após aprovar uma segunda onda de sanções "com consequências massivas e severas", segundo o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a União Europeia (UE) prepara com urgência mais sanções à Rússia.

O anúncio feito por Michel nesta sexta (25) foi feito poucas horas depois de o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, pedir medidas mais duras contra Moscou. Na opinião do mandatário, o pacote aprovado pelos líderes dos 27 países da UE na noite desta quinta (24) não é suficiente.

"As possibilidades de sanções ainda não foram esgotadas. A pressão sobre a Rússia deve aumentar", escreveu Zelenski no Twitter, que disse ter enviado a mensagem à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Os líderes da UE aprovaram na quinta, em uma cúpula de emergência em Bruxelas, um conjunto de sanções que atingem os setores de energia, finanças e transporte da Rússia, bem como restrições às exportações de tecnologia e à concessão de vistos.

No entanto, os países da UE preferiram não excluir por enquanto os bancos russos do sistema interbancário Swift, um passo considerado de efeito devastador, embora com consequências que podem ser sentidas até na Europa.

Autoridades financeiras, no entanto, disse que o bloco está pronto para aguentar os impactos econômicos, que devem girar em torno do aumento do preço da energia. "Mas os custos de reagir a essa invasão, a essa violação da lei internacional, são custos que devemos arcar", disse o comissário econômico europeu Paolo Gentiloni.