União e Prefeitura do Rio tentam acordo para destravar concessão de arenas olímpicas
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quinta-feira, 09 de dezembro de 2021
CAMILA MATTOSO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo Jair Bolsonaro (PL) e a Prefeitura do Rio de Janeiro, sob gestão Eduardo Paes (PSD), negociam um acordo para destravar a licitação para concessão de arenas do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade.
O certame marcado para o mês passado foi suspenso pela Justiça Federal a pedido da AGU (Advocacia Geral da União), atual gestora da área sob disputa.
A gestão Paes divulgou em julho o plano para conceder à iniciativa privada o Centro Olímpico de Tênis e as arenas 1 e 2 por 15 anos. Os espaços, porém, foram cedidos pelo município à União em dezembro de 2016, nos últimos dias de mandato do atual prefeito, que retornou ao cargo quatro anos depois.
A intenção do município era desfazer a cessão após a conclusão da disputa. O objetivo era evitar assumir a gestão do espaço sem a garantia de interessados da iniciativa privada.
À Justiça, a AGU alegou que tem compromissos fechados para o uso do espaço e alega ter gasto R$ 9,5 milhões só no ano passado para manter as três arenas. O juiz Mario Victor de Souza, da 4ª Vara Federal no Rio de Janeiro, determinou a suspensão da licitação.
O município recorreu da decisão e afirma não ter motivos para ressarcir o governo federal pelos gastos de manutenção. Mas o Ministério Público Federal se posicionou favorável a suspensão do certame.

