SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A nomeação nesta sexta-feira (25) do novo diretor-geral da PF (Polícia Federal), Márcio Nunes de Oliveira, reforçou internamente a avaliação de que o ministro da Justiça, Anderson Torres, não deve disputar a eleição. Oliveira é o atual secretário-executivo da pasta e próximo ao ministro.

A conclusão é de que uma eventual mudança na pasta em decorrência da desincompatibilização de Torres, naturalmente, tenderia a mexer na composição da PF também.

Levando em consideração que esse é o quarto diretor-geral a assumir na gestão do presidente Jair Bolsonaro, não valeria a pena o desgaste de exonerar Maiurino em fevereiro com a possibilidade de uma troca natural em abril.

Torres foi aconselhado por aliados a não concorrer a cargo eletivo em 2022. O cenário no Distrito Federal é bastante acirrado, com o PL disposto a lançar a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, ao Senado, e quatro ex-governadores cogitando concorrer a uma das oito vagas da Câmara.

São eles: Cristovam Buarque (Cidadania), Agnelo Queiroz (PT), Rodrigo Rollemberg (PSB) e Rogerio Rosso (PSD).

Agentes da PF comentam que Maiurino acumulou rusgas ao longo dos dez meses em que chefiou a corporação, tanto internamente quanto externamente. Ele não era próximo nem de Anderson Torres, nem de Bolsonaro.