SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Nesta sexta-feira (25), 30º dia de invasão russa à Ucrânia, a Rússia divulgou ter bloqueado acessos às cinco maiores cidades ucranianas: Kiev, Kharkiv, Chernihiv, Sumy e Mykolaiv. Ainda não houve um acordo de cessar-fogo entre os países. O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que tentará conversar com o presidente russo Vladimir Putin nos próximos dias.

O prefeito de Chernihiv, Vladyslav Atroshenko, afirmou hoje que a cidade — ao norte do país — foi cercada pelos russos e está sob ataques aéreos. De acordo com ele, um bombardeio destruiu uma ponte que ligava o município à capital Kiev. A ponte era utilizada como principal rota de fuga da população. A cidade fica no nordeste da Ucrânia, ao norte de Kiev, perto das fronteiras com a Rússia e com Belarus.

Os moradores da cidade, continuou Atroshenko, ficaram presos sem acesso a água, eletricidade e aquecimento. Autoridades do país acusam a Rússia de ter destruído documentos na cidade que seriam relativos à repressão sofrida pelos ucranianos durante os anos de União Soviética.

As autoridades ucranianas afirmam que hoje 7.331 pessoas deixaram o país por corredores humanitários.

Também hoje foi registrada a primeira morte dentro do território russo relacionada à guerra. A vítima foi um capelão militar russo que estava em uma região na fronteira, próxima à cidade ucraniana de Kharkiv. Ele foi atingido pelos disparos de foguetes.

De acordo com a TV americana Sky News, sete generais russos morreram no conflito. A Rússia admitiu hoje que 1.351 soldados do país morreram desde o início do conflito. O governo ucraniano, por outro lado, afirma que mais de 15 mil soldados russos foram mortos na guerra.

Putin assinou mais uma lei punindo a divulgação de "informações falsas" sobre ações da Rússia. Desta vez, sobre quem reproduzir tais informações no exterior, e não apenas no país. A pena pode chegar a 15 anos de cadeia.

A França anunciou hoje que realizará uma operação humanitária em conjunto com a Grécia e a Turquia para evacuar os civis da cidade de Mariupol; o prefeito do município afirmou que no local há cerca de 100 mil pessoas sem acesso a água, luz, alimentos e medicamentos.

A Coreia do Norte, um dos países aliados da Rússia, tem realizado testes com um novo tipo de míssil intercontinental com capacidade nuclear. Os disparos têm capacidade para atingir os Estados Unidos, fator que tem preocupado países do Ocidente.

Ex-secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Javier Solana afirmou em entrevista à BBC que os líderes da aliança devem evitar a todo custo um confronto com a Rússia.

"Não podemos entrar numa guerra mundial e com armas nucleares. Seria um horror", declarou.