FOLHAPRESS - Cabos furtados, trens parados, prejuízo financeiro. Apenas nos dois primeiros meses do ano, o sistema ferroviário do Rio de Janeiro perdeu mais de 10 quilômetros de cabos do sistema, furtados por ladrões, que resultaram em quase 500 viagens canceladas ou interrompidas.

Na última semana, foram registradas 12 ocorrências de vandalismo no trecho de 270 quilômetros de trilhos operados pela concessionária SuperVia.

Na quarta-feira (16), cabos de sinalização do sistema ferroviário do ramal Japeri foram furtados em dois pontos (Olinda e Mesquita) e um equipamento foi levado em Nova Iguaçu, completando uma série de furtos que começou no dia anterior.

Apenas na terça-feira (15), foram registradas nove ocorrências, com arrombamentos de instalações operacionais (Madureira, Cascadura e Oswaldo Cruz) e retirada de cabos de sinalização (Mesquita, Nilópolis, Queimados, Pavuna e Ramos).

Uma semana antes, foram outros quatro casos, em três ramais, que resultaram em mais de cem metros de cabos furtados.

Esses furtos ocorridos em março nem entram no prejuízo com o vandalismo calculado pela SuperVia em R$ 440 mil apenas nos dois primeiros meses do ano, além de 491 viagens terem sido canceladas ou interrompidas.

No total, foram registradas 220 ocorrências de furtos de cabos em janeiro e fevereiro, 268% mais que no primeiro bimestre do ano passado. Na pandemia, até mesmo álcool em gel virou objeto de furtos em série nas estações.

Os 270 quilômetros de concessão do sistema ferroviário do Rio passam por 12 municípios, com 104 estações que cortam 112 comunidades. Cerca de 10 delas geram problemas com tráfico e vandalismo. A SuperVia é concessionária do sistema desde 1998.