SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Suíça, que tem tradição política de neutralidade, adotará as sanções impostas pela União Europeia contra russos envolvidos na invasão da Ucrânia.

Entre as retaliações estão sanções financeiras contra o presidente Vladimir Putin, o primeiro-ministro Mikhail Mishustin e o ministro das Relações Exteriores do país, Serguei Lavrov. As punições têm efeito imediato.

"A Suíça reafirma sua solidariedade à Ucrânia e a seu povo e entregará suprimentos de emergência para pessoas que fugiram para a Polônia", comunicou o governo suíço nesta segunda-feira (28).

O presidente suíço, Ignazio Cassis, afirmou que as medidas representam um "grande passo para o país" e que o Conselho Federal tomou a decisão com convicção e de forma inequívoca.

Nos últimos dias, autoridades suíças —que pareciam hesitantes quanto à aplicação de sanções após o início da guerra– estiveram sob forte pressão para se alinharem aos Estados Unidos e à União Europeia.

A ministra da Justiça, Karin Keller Sutter, disse também que cinco magnatas russos e ucranianos, "muito próximos de Vladimir Putin" e com vínculos importantes na Suíça, estão proibidos de entrar no país. As suas identidades não foram divulgadas.