SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Três terremotos atingiram a Nova Zelândia nesta sexta-feira (4), dispararam alertas de tsunami e levaram as autoridades a pedirem que os moradores do litoral nordeste do país deixassem suas casas.

Nenhum dano foi registrado até agora.

O primeiro tremor, de magnitude 7.2, atingiu o norte do país, foi sentido por mais de 60 mil pessoas e provocou o primeiro alerta de tsunami -que foi retirado mais tarde.

Depois vieram outros, de 7.4 e de 8.0 -o último foi registrado às 8h28 locais (16h28 em Brasília), a 1.033 km da costa, segundo o Serviço Geológico dos EUA.

O centro de alerta para tsunamis do Pacífico informou que é possível que haja ondas na Nova Zelândia, em Tonga, em Samoa Americana e em Fiji.

"Moradores das zonas costeiras devem partir imediatamente para a área elevada mais próxima, fora de todas as zonas de evacuação e terra adentro. NÃO FIQUE EM CASA", pediu no Twitter a agência neozelandesa de gestão de emergências.

"Espero que todos estejam bem, especialmente na Costa Leste, que sentiu a força total do terremoto", escreveu no Instagram a primeira-ministra, Jacinda Ardern.

Os terremotos deixaram o Chile em "estado de precaução". Segundo o Onemi (Escritório Nacional de Emergência do Ministério do Interior e Segurança Pública), isso significa que existe a possibilidade de um "tsunami menor", que poderia atingir a costa do país nesta madrugada.

O departamento responsável na Marinha do Peru emitiu alerta de tsunami após um dos tremores na Nova Zelândia.

Os neozelandeses estão habituados com os terremotos devido à posição geográfica do país, situado na região conhecida como Círculo de Fogo do Pacífico, marcada por intensa atividade sísmica e vulcânica.

De acordo com o GeoNet, a Nova Zelândia tem cerca de 20 mil terremotos por ano, embora nem todos sejam percebidos pela população.

Em 2011, um terremoto de magnitude 6,3 causou 185 mortes na cidade de Christchurch. Em 2016, houve duas mortes e prejuízos bilionários após um terremoto de magnitude 7,8 na cidade de Kaikoura.