SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um consumidor que vai ao supermercado hoje para comprar cem produtos deve sair de lá sem achar 11 itens, em média. O cálculo ilustra o indicador de ruptura da Neogrid, empresa de software especializada em cadeias de suprimento, que desde o ano passado vem apontando a falta de produtos nas gôndolas.

O patamar já superou a marca de 20% após a chegada do coronavírus, mas a linha dos 11% em que vem se mantendo desde abril ainda é considerada alta, segundo a empresa.

O problema pode ser atribuído a fatores que variam desde a falta de matéria-prima agravada na pandemia até questões climáticas. Inflação costuma ser outro aspecto responsável pela ruptura de produtos nos supermercados porque altera as negociações entre indústria e varejo.

Em julho, os produtos que mais faltaram foram leite longa vida, que atingiu 20% de ruptura, bebidas de soja (19), proteína de soja (18%), ovos (17%), margarina (13%), açúcar e massa (12%), de acordo com o indicador da Neogrid.