SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo vai reter atestados médicos de pacientes que alegando comorbidades para investigar o documento.

A decisão tem como objetivo apurar a veracidade do documento e evitar que pessoas usem documentos falsos para furar a fila da vacinação contra a Covid-19.

Segundo determinação do prefeito Ricardo Nunes, o Ministério Público será acionado em caso de comprovação de fraude.

Atestados falsos estão sendo fornecidos na região da Sé, no centro da capital paulista, para quem deseja furar a fila da imunização.

O “kit completo” inclui atestado médico com a suposta doença e o receituário de um medicamento usado. Tudo sai por R$ 220, pagos em dinheiro, “mas só quando eu te entregar a papelada”, afirma um dos negociadores, tentando dar garantia do serviço, como mostra reportagem da Folha.

Neste mês, pessoas com comorbidades para Covid-19 (como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, entre outras) podem se vacinar em São Paulo —cada município define as faixas etárias que estão liberadas. A imunização desses pacientes, no entanto, exige comprovação da doença, seja por meio de atestado, receita ou laudo médico.