<p>SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A cidade de São Paulo recebeu nesta terça-feira (4) as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 produzidas pela Pfizer. São 135.720 doses do imunizante, que serão usadas para imunizar pessoas de 60, 61 e 62 anos a partir desta quinta-feira (6).

</p><p>Segundo a prefeitura, elas serão distribuídas pelas 468 unidades de saúde pela cidade, em todas as regiões. A princípio, a vacina da Pfizer não será aplicada nos postos de drive-thru, segundo o secretário de Saúde Edson Aparecido a pedido do Ministério da Saúde, por preocupações com o armazenamento -o secretário afirma, no entanto, que a cidade tem condições de oferecer a vacinas nos postos para carros.

</p><p>Cada frasco do imunizante tem seis doses, de 0,3 ml cada uma. Cada dose custou R$ 54, segundo a prefeitura, e o lote recebido nesta terça-feira vale cerca de R$ 7,3 milhões. Um esquema policial acompanhou a chegada das vacinas.

</p><p>As vacinas chegaram ao Centro de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos, na zona norte da cidade, com temperaturas entre -25ºC e -15ºC, nas quais as vacinas podem ficar por até 14 dias. Nos postos de vacinação, o imunizante pode ficar em temperaturas de 2º a 8ºC por até cinco dias.

</p><p>A prefeitura diz que a cidade tem condições de armazenar 4 milhões de doses durante 14 dias nessa câmara fria, com 100 m³. Há ainda outras quatro câmaras na cidade, em quatro pontos de distribuição.

</p><p>Essas vacinas fazem parte do lote de 1 milhão de doses que chegou ao Brasil no último dia 19 e começou a ser distribuído pelo país na segunda (3). A vacina da Pfizer já tem o registro definitivo no país e pode ser aplicada em pessoas maiores de 16 anos.

</p><p>Desse total, o Ministério da Saúde distribuiu 500 mil entre os municípios, e a capital paulista recebeu cerca de 27% disso.

</p><p>A vacina da Pfizer também precisa aplicada em duas doses para garantir a imunização completa. Todas as vacinas recebidas pela prefeitura nesta terça são destinadas à primeira aplicação. A gestão espera receber em 17 de maio mais um lote, que inicialmente seria destinado à segunda dose, mas o Ministério da Saúde decidiu na segunda-feira recomendar o intervalo de 12 semanas entre as duas aplicações, mais do que os 21 dias indicados pela fabricante na bula.

</p><p>A medida consta de informe técnico da pasta com orientações a estados e municípios. O prazo segue modelo adotado no Reino Unido, primeira nação a utilizar a vacina da Pfizer em sua população.

</p><p>Ao justificar a decisão pelo intervalo de três meses, a pasta disse que seguiu estudos feitos em outros países, como Israel, Estados Unidos e Reino Unido, que apontaram mais de 80% de efetividade após a dose única. O Reino Unido também adotou o intervalo de três meses entre as duas doses.

</p><p>"A gente segue todas as orientações do PNI e da Anvisa; essa determinação seguramente está embasada em observações técnicas científicas e que dão toda a segurança pra que a gente possa seguir essa orientação", disse Edson Aparecido.

</p><p>Na quinta, começará a vacinação de pessoas com idades entre 60 e 62 anos. Essa faixa etária tem cerca de 600 mil pessoas na cidade, segundo Aparecido, e, além da vacina da Pfizer, receberá imunizantes da AstraZeneca, de um lote de 400 mil doses que a cidade recebeu.

</p><p>Além disso, a cidade recebeu 71 mil doses da Coronavac e deve receber mais nesta semana. Aparecido afirmou que a capital paulista reservou metade das doses recebidas para a segunda aplicação e não adotou a estratégia do Ministério da Saúde de usar todas as vacinas na primeira dose. No entanto, a capital ampliou de 21 para 28 dias o intervalo entre a primeira e a segunda aplicação.

</p><p>Em 10 de maio, começará a vacinação de pessoas com outras doenças, como deficiência renal, além de transplantados, pacientes que fazem hemodiálise e pessoas com síndrome de Down.

</p><p>Depois, a capital paulista começará a vacinar operadores de trens e metrô, e, no dia 18, começa a vacinação de motoristas e cobradores de ônibus.

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