SÇÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Prefeitura de São Paulo espera a chegada de 224 mil doses de vacina da Pfizer contra o novo coronavírus para começar a vacinação com terceira dose do imunizante em profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate à Covid-19.

A informação foi passada pelo secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, no início da aplicação da terceira dose a idosos acima de 70 anos, na manhã desta segunda-feira (27) em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) na zona sul da capital paulista.

"Nós solicitamos, na sexta-feira [24], ao Ministério da Saúde, a inclusão o mais rápido possível dos profissionais da saúde que há mais de seis meses tomaram a [segunda dose] da vacina. Nós verificamos, aqui na cidade de São Paulo um aumento entre 10% e 15% nos novos casos e também de afastamento desses profissionais, por isso fizemos a solicitação", afirmou.

Segundo ele, a prefeitura aguarda orientações e doses da vacina para iniciar o reforço nestes profissionais.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde desta quinta (23), mostram que a capital tinha 342 profissionais da saúde afastados por estarem com Covid. No início do mês, em 2 de setembro, eram 233.

Ainda na quinta, outros 1.072 profissionais estavam afastados por estarem com sintomas gripais. No começo do mês, eram 934.

"Nós solicitamos, na sexta-feira, ao Ministério da Saúde, a inclusão o mais rápido possível dos profissionais da saúde que há mais de seis meses tomaram a vacina. Nós verificamos, aqui na cidade de São Paulo, um aumento entre 10 e 15% nos novos casos e também de afastamento desses profissionais, por isso fizemos a solicitação", afirmou.

Aparecido, no entanto, alegou que o município ainda não recebeu do ministério nem o instrutivo e nem as orientações de como proceder.

Somente nesta semana a prefeitura espera receber cerca de 450 mil doses da Pfizer. Elas serão destinadas aos funcionários que atuam na linha de frente na área médica, bem como reforço para idosos e intercambialidade para quem deveria tomar AstraZeneca, que, por vez ou outra, ainda falta nas prateleiras do estado.

"Nós devemos receber mais doses da Pfizer essa semana. De AstraZeneca ainda não temos a notificação por parte da Secretaria Estadual e do Ministério de quando receberemos novas doses", afirmou.

Aparecido também disse que 95% dos adolescentes entre 12 e 17 anos foram imunizados na capital paulista. Mesmo com o grupo quase todo abrangido, ele negou que a prefeitura vá desmobilizar postos ou grandes centros de imunização. "A gente vai manter o número de postos, sobretudo os drive-thrus e megapostos. Talvez só reduzindo um pouco o número de tendas em cada um deles."

Logo após a saída do secretário, a aposentada Ângela Barbosa da Silva, 75 anos, compareceu à UBS Max Perlman, na Vila Nova Conceição, para tomar a dose de reforço. "Estou satisfeita, espero que surta o mesmo efeito".

Em uma das mãos a mulher carregava o cartão de vacinação contra o coronavírus. O curioso era que a idosa o havia plastificado. "Eu plastifiquei, virou documento. Vai que molha", disse.

Idosos a partir de 70 anos só potem tomar o reforçou seis meses após a segunda dose. Além do cartão de vacinação, na cidade de São Paulo também é exigida a apresentação do comprovante de endereço.

Perfil dos internados De acordo com o secretário, a capital possui, atualmente, 50% dos leitos de UTI e 30% dos de enfermaria ocupados por pessoas com Covid-19. O perfil dos internados atinge pessoas do chamado grupo "jovens adultos", com idades entre 25 e 55 anos.

Na tentativa de imunizar o maior número de moradores de rua possível, a prefeitura passou a fazer uma busca por aqueles que ainda não se imunizaram com a dose única da Janssen. Ao menos 13 deles foram encontrados no sábado na região central e aceitaram tomar a vacina.

O secretário afirmou que novas ações do mesmo tipo devem ocorrer em toda cidade no próximo sábado (2). A capital possui, em estoque, cerca de 2.400 doses do imunizante aplicado em dose única.