SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - Os 13 guardas de fronteira da Ucrânia que foram atacados na quinta-feira (24) por supostamente xingarem militares da Rússia na Zmiinyi —ou Snake Island (Ilha da Cobra, em tradução do inglês)—, localizada no Mar Negro, podem estar vivos. Um dia após o ataque, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que todos os militares haviam sido mortos em um bombardeiro ao tentar proteger a região.

"Temos uma forte crença de que todos os defensores ucranianos da ilha de Zmiinyi podem estar vivos", segundo comunicado do Serviço Estadual de Guarda de Fronteiras da Ucrânia de hoje, divulgado pela CNN internacional.

Ao falar da morte dos guardas, Zelensky disse que eles não teriam se entregado e que seriam condecorados com a ordem de heróis da Ucrânia.

No mesmo dia, o Ministério da Defesa da Rússia disse que soldados ucranianos na ilha se renderam a eles voluntariamente. A entidade não fez nenhuma menção à realização de ataques ou de mortes do lado ucraniano.

SUPOSTO ÁUDIO DA AÇÃO

Uma autoridade ucraniana informou sobre as mortes dos 13 soldados e circulou um áudio que ele e a imprensa europeia disseram ser uma conversa entre as forças ucranianas e russas.

"Este é um navio de guerra russo. Proponho que vocês deponham suas armas e se rendam para evitar derramamento de sangue e vítimas desnecessárias. Caso contrário, vocês serão bombardeados", teriam dito os militares russos.

"Navio de guerra russo, vá se foder", teria sido a resposta do lado ucraniano, para os militares da Rússia iniciarem o ataque.

A Ilha da Cobra é uma das poucas ilhas ucranianas e é estrategicamente importante, especialmente por causa dos recursos minerais existentes mar da região. A pequena ilha —de 0,17 quilômetro quadrado e uma população de menos de 100 habitantes— foi objeto de disputa territorial entre Ucrânia e Romênia no início dos anos 2000.