SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um levantamento encomendado pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) mostra que mais da metade dos funcionários daquele banco (56%) afirma ter sido vítima de assédio moral no trabalho. Isso equivale a seis em cada dez trabalhadores.

A pesquisa ouviu mais de 3.000 empregados entre 19 de novembro e 10 de dezembro de 2021. A situação piorou desde o último estudo, realizado em 2018, quando 53% dos empregados disseram ter passado por uma situação de assédio.

Em 2018, 33% dos funcionários ativos da Caixa entrevistados relataram problemas de saúde relacionados ao trabalho. Agora, esse número passou de 40%.

O novo estudo também mostra que 33% dos que responderam à pesquisa estão afastados por depressão. Outros 26% estão sem trabalhar por ansiedade, 13% por síndrome de burnout (cansaço extremo causado pelo trabalho) e 11% por síndrome do pânico.

Segundo o presidente da Fenae, Sergio Takemodo, a pesquisa levou em consideração o impacto da pandemia na saúde dos trabalhadores, mas ele diz que o quadro já existia antes da crise sanitária. "O modo de gestão da Caixa, as cobranças e pressão por metas e a jornada exaustiva estão interferindo na saúde dos empregados", afirmou. ​

Além disso, 20% dos funcionários disseram ter uma jornada de trabalho maior do que oito horas diárias.