<p>SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Trem que percorre uma histórica rota com rios, montanhas e estações que preservam a arquitetura do século 19, a maria-fumaça entre São João del-Rei e Tiradentes voltou a operar após um hiato provocado pelas medidas restritivas adotadas devido à pandemia da Covid-19.

</p><p>Inaugurada em 1881 por dom Pedro 2º, a rota entre as cidades mineiras foi uma das que contaram com a presença do imperador em suas viagens inaugurais, como ocorreu também em outros locais, como no interior paulista.

</p><p>A maria-fumaça voltou aos trilhos na última sexta-feira (30), 48 dias depois de ter sido interrompida pela concessionária VLI, que a administra, em cumprimento às medidas restritivas de circulação decretadas em Minas Gerais.

</p><p>As viagens estarão disponíveis de sexta-feira a domingo, com partidas às 10h de São João del-Rei e às 11h15 de Tiradentes. O trajeto entre as cidades é percorrido em 45 minutos.

</p><p>O roteiro contempla 12 quilômetros de travessia por paisagens que apresentam diversidade ecológica, construções que preservam a arquitetura do século 19 e integravam a antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas.

</p><p>A maria-fumaça, que opera com bitola (distância entre a parte interna dos trilhos) de 76 centímetros, percorre as serras do complexo de São José e tem atrações como a rotunda, equipamento que no passado fazia o giro da locomotiva nas estações para que ele pudesse retornar à estação de origem.

</p><p>Segundo a VLI, foram adotadas medidas para garantir a segurança dos passageiros e empregados, como a redução da grade de trens e de assentos disponíveis, a higienização dos assentos antes de cada passeio, segregação dos acessos de entrada e saída das estações, demarcações de distanciamento, suspensão da feira de artesanato na estação e da visitação do museu de São João del-Rei, instalação de tapetes higienizadores e aferição de temperatura dos passageiros.

</p><p>O museu, agora fechado temporariamente, foi inaugurado há 40 anos e conta a história da extinta Estrada de Ferro Oeste de Minas. Seu acervo, inclusive, abriga a primeira locomotiva utilizada na ferrovia.

</p><p>A Oeste de Minas teve vida curta. Cheia de dívidas e dificuldades para operar, foi liquidada ainda em 1900, 19 anos após a criação, e adquirida pelo governo federal três anos depois.

</p><p>Em 1931, foi arrendada pelo governo mineiro e passou a fazer parte da RMV (Rede Mineira de Viação).

</p><p>O passeio custa R$ 70 (ida) e R$ 80 (ida e volta). A entrada é gratuita para crianças até 5 anos. Pagam meia-entrada crianças de 6 a 12 anos, estudantes e pessoas acima de 60 anos.

</p><p>As bilheterias nas duas cidades históricas funcionam de 4ª a sábado das 8h às 12h e das 13h às 17h. Aos domingos, das 8h às 12h. Informações: (32) 3371-8485.</p>