SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatolii Tkach, defendeu nesta terça-feira (1º) que os países intensifiquem o cerco à economia da Rússia. "Apelamos a todos a cortar laços comerciais com a Rússia, todos os laços", afirmou, em entrevista coletiva na sede da embaixada, em Brasília.

Ele reuniu a imprensa para atualizar informações sobre o conflito. "Fazer negócios com a Rússia significa, agora, financiar agressão, crimes de guerra, desinformação e ataques cibernéticos —e mesmo o líder russo, Vladimir Putin."

Tkach foi questionado sobre a fala do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, de que a posição brasileira é de "imparcialidade". O chanceler usou o termo ao comentar a "neutralidade" a que se referiu o presidente Jair Bolsonaro (PL) no domingo (27).

O representante ucraniano afirmou que não se pode falar em imparcialidade "em uma guerra na qual se sabe quem é o agressor".

"Nós sabemos quem é o agressor e quem é vítima. Não entendo como imparcialidade pode ser aplicada nessa situação", disse.