BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Uma repórter da TV Band teve que ser socorrida enquanto cobria manifestação de policiais e agentes de segurança de Minas Gerais em Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (9), depois do estouro de uma bomba.

A repórter Laura França, da emissora em Minas, foi levada para hospital da cidade e diagnosticada com trauma auditivo. A jornalista permanecia no hospital no início desta tarde.

Durante toda a manifestação, em seu início, na Praça da Estação, no caminho que seguiram até Praça Sete, e depois na rua da Bahia, o uso de bombas é constante pelos manifestantes.

Os artefatos são lançados no meio das próprias pessoas que participam do ato. São jogados também dentro de bueiros, produzindo um som mais abafado, mas também forte.

O lançamento das bombas vem ocorrendo mesmo depois de quatro avisos feitos pelos coordenadores do ato, de cima de um carro de som, para que o estouro dos artefatos cessasse.

Em nota, a TV Band Minas comentou o episódio. "A repórter Laura França, da TV Band Minas, teve de ser socorrida após uma bomba estourar do lado da profissional durante a cobertura da manifestação das forças de segurança pública na praça da Estação, em Belo Horizonte. Segundo relato de profissionais da imprensa presentes no protesto, apesar do pedido dos organizadores para os manifestantes não soltarem bombas, os agentes da segurança pública presentes no protesto ignoram o comando e continuam a explodir os artefatos durante o trajeto. Além das bombas, vários policiais, contrariando decisão da Justiça, protestam armados".

Ainda segundo o comunicado, "a Band repudia a atitude dos manifestantes e cobra da Polícia Militar o acompanhamento do protesto, garantindo a segurança dos envolvidos, inclusive dos profissionais da imprensa. A emissora também exige responsabilidade das categorias envolvidas no ato e solicita o acompanhamento do caso pelo governo de Minas, pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)".

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública divulgou nota nesta quarta (9) afirmando que vai apurar "comportamentos inadequados" de servidores por paralisações e também durante a manifestação.

"A Sejusp ressalta que não compactua com desvios de condutas de servidores públicos, que devem ser os primeiros a prezar e zelar pela segurança do cidadão mineiro", afirmou a pasta, em nota.