BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), cedeu e decidiu incluir no relatório final da comissão as propostas de indiciamento do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e do ex-secretário de Saúde estadual Marcellus Campêlo.

A inclusão representa uma vitória do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que ameaçava votar contra o relatório se seu pedido não fosse atendido.

Renan e outros membros do grupo majoritário defendiam que havia impedimento legal para indiciar governador, amparado em uma decisão do Supremo Tribunal Federal. Além disso, argumentavam que ambos já eram investigados pelo Superior Tribunal de Justiça.

A inclusão apenas foi acertada durante a madrugada, após conversa de Braga com outros dois senadores do grupo majoritário, Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Otto Alencar (PSD-BA). A mudança teria sido também acertada com o próprio Aziz, que no entanto negou que houve um acordo.

"Não há acordo para colocar nomes ou tirar nomes. Os fatos são maiores", disse Aziz durante a sessão.

Antes da sessão, Renan ainda criticou o presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de "serial killer".

"[A situação atual] é responsabilidade desse serial killer que tem compulsão de morte e continua a repetir tudo que já fez anteriormente", afirmou Renan.

"Ele demonstra claramente que não zela pela saúde pública e não tem respeito pelas pessoas", completou.

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