SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Serguei Lavrov, chanceler russo, foi questionado por repórteres mais de uma vez nesta quinta (10) sobre o ataque ao prédio de uma maternidade e hospital infantil em Mariupol, no dia anterior.

Em resposta, disse tratar-se de mais uma "reação patética sobre as chamadas atrocidades perpetradas pelos militares russos".

O chefe da diplomacia russa alega que, ao contrário do que foi dito por Kiev, o prédio atacado estava sem pacientes há dias e vinha sendo ocupado por soldados ucranianos.

Antes, porém, ele havia afirmado que os militares russos investigariam o episódio.

Fotos divulgadas pelo governo ucraniano e reproduzidas por agências de notícias mostram mulheres grávidas ensanguentadas, sendo carregadas para fora do edifício.

Lavrov falava com repórteres durante entrevista coletiva após encontrar-se com seu homólogo ucraniano, Dmitro Kuleba. A conversa não obteve saldo de acordos.

O chanceler alegou que a opinião pública está sendo manipulada no Ocidente para maquiar a situação do conflito, imputando a culpa aos russos.

Ele voltou a afirmar que os EUA estão usando o território da Ucrânia para desenvolver armas biológicas, alegação descrita como absurda por Washington.

O bombardeio ao hospital de Mariupol na quarta (9) deixou ao menos três mortos, entre eles uma criança, segundo o governo ucraniano. Outras 17 pessoas ficaram feridas.

As Nações Unidas confirmam que ocorreram 18 ataques a serviços de saúde desde que a invasão russa teve início, em 24 de fevereiro.