SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que integra a coordenação da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defende que a federação que uniu o PSOL e a Rede, ao qual é filiado, apoie Fernando Haddad para o governo de São Paulo.

O PSOL lançou Guilherme Boulos como pré-candidato em São Paulo.

"A decisão final será do PSOL, que é a legenda majoritária em São Paulo", afirma ele. "Mas eu advogo –e, mais do que isso, trabalho por um acordo para que apoiemos Haddad", segue.

"Eu não posso pregar uma união nacional em torno da candidatura de Lula para combater o bolsonarismo e o fascismo e não pensar que seria bom que isso também ocorresse no principal estado do país, que é São Paulo", diz Randolfe.

O senador afirma que tem conversado tanto com Haddad quanto com Boulos, além de outras lideranças.

Em sua visão, o acordo em torno do petista poderia ser viabilizado caso o PT garantisse a presença do PSOL na chapa paulista, ou indicando o vice ou o candidato ao Senado.

Neste desenho, Boulos poderia ser candidato a deputado federal, puxando uma tal quantidade de votos que permitiria, segundo Randolfe, fazer a bancada do partido no estado saltar de três para até oito parlamentares. "Seria algo decisivo", afirma o senador.

Ele diz ainda que a federação teria excelentes nomes para indicar como vice de Haddad. E cita o presidente nacional do PSOL, Juliano Rodrigues, e a apresentadora Bela Gil, que tem intensa militância a favor da preservação do meio ambiente e da alimentação saudável.

Setores do PT também desejam um acordo nesses termos, com mais um detalhe: o partido se comprometeria a apoiar a candidatura de Boulos pra prefeito de São Paulo em 2024.

"É sempre bom repetir: a minha percepção é de que um acordo é possível. Mas a decisão será do PSOL", finaliza Randolfe.