BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O promotor José Domingo Pérez, que trabalha na equipe da Lava Jato peruana, solicitou ao juiz Víctor Zúñiga Urday para revogar a medida que concede liberdade provisória para Keiko Fujimori. Agora, o promotor quer que uma nova prisão preventiva seja determinada à candidata à Presidência do Peru.

Keiko, que busca na Justiça reverter a pequena diferença pela qual vem sendo derrotada na disputa com o esquerdista Pedro Castillo, é acusada de lavagem de dinheiro e de ter recebido caixa 2 e suborno em suas campanhas eleitorais. Ela ficou presa por mais de um ano enquanto a investigação se desenrolava.

Pérez diz que o pedido foi feito porque "Fujimori não cumpre a restrição determinada de não se comunicar com testemunhas de seu processo". Ele afirma que há evidências "públicas e notórias" de contatos com o deputado Miguel Torres Morales, também acusado e com quem Keiko estava proibida de falar.

O revés chega no momento em que a contagem de votos se aproxima do fim. Com mais de 99,99% das urnas apuradas, Castillo ostenta 50,20% da preferência da população peruana, contra 49,79%.

Na tarde de quarta-feira (9), Keiko fez um novo pronunciamento no qual apontou supostas irregularidades cometidas por apoiadores de Castillo, o que, de acordo com a candidata, constituiria "fraude sistemática". Ela também apresentou pedidos de impugnação de diversas atas de votação ao Júri Nacional de Eleições.